A Coreia do Norte deu esta segunda-feira início a três dias de luto nacional pela morte do antigo líder cubano Fidel Castro, numa nota em que o recorda como um “amigo próximo” e aliado heroico na luta contra a agressão norte-americana. Bandeiras a meia-haste nos edifícios oficiais em todo o país marcam o respeito pelo ícone revolucionário, apesar de ser muitas vezes uma relação mais próxima na retórica do que na realidade.
No metro de Pyongyang, passageiros numa estação concentravam-se junto a uma montra que continha o obituário de Castro, publicado pelo jornal do partido no poder, Rodong Sinmun. Ao lado de um quadro emoldurado com uma barra preta e que mostra a figura de Castro com barba e uniforme militar, o obituário recorda que o antigo líder cubano visitou o país em 1986, quando se encontrou com o fundador da Coreia do Norte, Kim Il-Sung. Nota também que o líder cubano foi agraciado com o título ‘Herói da Coreia do Norte’ pelos seus esforços para fortalecer as relações entre os dois países, “lutando nos postos avançados da luta anti-EUA e anti-imperialista”.
Kim Hong-Chol, 76 anos, um investigador literário aposentado em Pyongyang, disse que se lembrava claramente da visita. “Ele era um grande revolucionário. Até ao último minuto ele apoiou e defendeu a nossa revolução, e lutou intensamente pela independência anti-imperialista e contra a América,” disse à AFP.
O líder norte-coreano Kim Jong-Un enviou uma mensagem de condolências sobre a morte de Fildel Castro, chamando-lhe “amigo e camarada” do povo coreano. Uma delegação oficial liderada pelo assessor sénior de Kim e vice-presidente do comité central do Partido dos Trabalhadores, Choe Ryong-Hae, partiu, esta segunda-feira, para Havana para participar nas cerimónias fúnebres.
A Venezuela foi outro dos países que decretou três dias de luto nacional pelo falecimento do líder histórico da revolução cubana, Fidel Castro.
Cuba decretou nove dias de luto nacional e anunciou que o funeral vai realizar-se a 4 de dezembro.