O próximo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, na quinta-feira, que vai nomear o general na reserva James Mattis para dirigir o Departamento da Defesa.
“Vamos nomear ‘Mad Dog’ Mattis secretário da Defesa”, anunciou Trump durante um comício em Cincinati, no estado do Ohio.
“Mas só vamos anunciar na segunda-feira, não digam a ninguém”, disse, em tom de brincadeira.
O anúncio público surge depois de a 20 de novembro a mesma informação ter sido avançada na conta oficial de Donald Trump na rede social Twiter.
“O general James ‘Mad Dog’ Mattis, que está a ser considerado para secretário da Defesa, foi muito impressionante ontem [sábado]. Um verdadeiro general dos generais!”, lia-se no ‘post’ publicado então, um dia depois de Trump e Mattis se terem reunido.
Antigo general de infantaria da Marinha, Mattis foi chefe do Comando Central das Forças Armadas dos Estados Unidos da América entre 2010 e 2013, com responsabilidade sobre as tropas numa grande área que inclui o Médio Oriente.
Antes disso, entre outras funções, foi comandante das primeiras forças de infantaria da Marinha que invadiram o Afeganistão em 2001 e da primeira divisão da infantaria da Marinha durante a incursão no Iraque em 2003.
Mattis chocou com o Governo do Presidente norte-americano em funções, Barack Obama, relativamente a alguns assuntos sobre o Médio Oriente, nomeadamente sobre o Irão, um país que considerou a maior ameaça para os Estados Unidos naquela região.
Segundo a estação televisiva CNN, Mattis precisaria da autorização prévia do Congresso para poder ser nomeado secretário da Defesa, uma vez que as regras exigem que os militares reformados têm de ter estado inativos durante sete anos antes de assumirem este tipo de cargo.
No entanto, tendo em conta que os republicanos controlam aquele órgão, à partida esta autorização seria uma mera formalidade.