Os dois principais partidos da oposição são-tomense defenderam esta terça-feira no parlamento que a Interpol deve investigar alegados atos de corrupção, de lavagem de dinheiro e de tráfico de droga em São Tomé e Príncipe. O pedido para que a Interpol envie uma missão foi feito pelo Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe — Partido Social Democrata (MLSTP-PSD) e o Partido de Convergência Democrática (PCD) em resposta ao desafio lançado na véspera pelo primeiro-ministro.

Na segunda-feira, durante o debate parlamentar sobre o Estado da nação, todas as bancadas da oposição fizeram várias acusações contra o primeiro-ministro Patrice Trovoada, que se queixou de ter sido vítima “acusações terríveis, assustadoras” e que a intenção da oposição foi “ferir, magoar e insultar as pessoas”.

Gostaria de ver aqui uma comissão internacional da Interpol para esclarecer isso tudo. Eu lanço isso como desafio a oposição”, disse na ocasião o primeiro-ministro.

Nesse sentido, na sessão desta terça-feira, o deputado Arlindo Barbosa, do MLSTP-PSD, disse que o seu partido “espera com caráter de urgência a vinda da Interpol para que de facto a gente saiba quem é quem”.

O governo tem todos os instrumentos para contactar a Interpol ou criar uma comissão de verdade e reconciliação para trazer tudo o que são acusações quer a dirigentes políticos quer a funcionários públicos para ser averiguado e saber-se exatamente o que se passa no nosso país”, desafiou, por seu lado, o deputado Delfim Neves, do PCD.

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