A greve do “handling” — assistência em terra — e da segurança nos aeroportos, marcada para a próxima semana será decidida em plenário de trabalhadores na segunda-feira, altura em que serão apresentados os compromissos assumidos pelo Governo, afirmou hoje o Sitava.
O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) e o Governo estiveram, esta sexta-feira, reunidos numa longa maratona negocial — que começou de manhã e se prolongou até ao final da tarde — relativa às reivindicações dos trabalhadores do “handling” e da segurança nos aeroportos.
De acordo com o coordenador do Sitava Fernando Henriques foram assumidos pelo Governo, representado pelo secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme W. d’Oliveira Martins, “um conjunto de compromissos que serão apresentados aos trabalhadores no plenário de segunda-feira.
Em cima da mesa estiveram as reivindicações dos trabalhadores das empresas de “handling” Groundforce e Portway, que contestam o licenciamento – que dizem ser “ilegal” — da Groundlink e da Ryanair, mas também as pretensões dos trabalhadores das empresas de segurança, Prosegur e Securitas, em negociações para um novo Contrato Coletivo de Trabalho com a Associação de Empresas de Segurança.
Fernando Henriques recusou a possibilidade de tais compromissos levarem à desconvocação dos pré-avisos de greve para a semana entre o Natal e o Ano Novo, referindo que só na segunda-feira será tomada uma decisão em plenário de trabalhadores. Em causa está a greve dos trabalhadores da Prosegur e da Securitas, convocada para 27, 28 e 29 de dezembro, e dos trabalhadores da Groundforce e da Portway, marcada para 28, 29 e 30 de dezembro.
A ANA – Aeroportos de Portugal informou que as greves deverão causar constrangimentos nos aeroportos e pediu aos passageiros para chegarem com antecedência e de preferência com bagagem de porão. Já a Groundforce recomendou aos passageiros que transportem o mínimo de bagagem possível, de forma a minimizar os inconvenientes da greve.Também as companhias aéreas manifestaram preocupação com o impacto que os protestos terão na semana entre o Natal e Ano Novo, um dos períodos de ‘pico’ de procura na aviação comercial.