A chita é considerada a espécie terrestre mais rápida do mundo e está em risco de extinção, se não for feito algo para inverter a tendência. A realidade surge em dados divulgados por uma investigação feita em parceria pela Sociedade Zoófila de Londres e pela Wildlife Conservation Society.

Os números impressionam e fazem soar os alarmes. Fora de cativeiro, ou seja, em plena natureza estima-se que existem apenas cerca de 7.100 chitas, em todo o mundo, e apenas 9% do que é considerado o seu habitat natural é povoado pela espécie. Em termos geográficos, e segundo conta o jornal Independent, é na Ásia que se sente mais o desaparecimento crescente daquele que é considerado o animal terrestre mais rápido do mundo. No Irão, por exemplo há menos de 50 chitas. Já no Zimbábué, em 10 anos, o número de chitas a viverem no território caiu cerca de 85%. A caça é apontada como a principal causa de extinção naquela zona.

No estudo, liderado por Sarah Durant, consta também que a maioria dos locais habitados pelas chitas — cerca de 77% — não são zonas protegidas, agravando assim o nível de ameaça a que a espécie está sujeita. Durant afirma ainda que “este estudo representa a análise mais abrangente do estado da chita até à data”. A investigadora esclarece que os resultados obtidos no estudo mostram que as ameaças existentes à espécie são inúmeras, significando isso que a iminência da “extinção é muito maior do que se pensava anteriormente”.

Perante os dados apresentados, pede-se agora que o estado da espécie passe de “vulnerável” para “ameaçada” na lista de espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza.

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