Esta sexta-feira, dia 6 de janeiro, celebra-se o dia dos reis em homenagem aos reis magos que foram até Jerusalém adorar o menino Jesus e oferecer-lhe prendas. Mas ainda há muito para conhecer sobre aquelas três figuras, como conta o ABC.

Diz-se que o rei Herodes, o “mau da fita”, terá enviado os reis magos para que investigassem tudo acerca do menino Jesus. Os três — guiados por uma estrela — levaram ouro, incenso e mirra. Depois terão sido avisados, em sonhos, para não transmitir qualquer informação ao rei — e assim o fizeram.

A Bíblia não refere o número de reis magos que visitam Jesus. Então como se descobriu que eram três? Pelo número de oferendas distribuídas e por causa da Santíssima Trindade — Pai, Filho e Espírito Santo. Outras versões da história reconhecem entre dois a 60 reis magos.

A utilização da palavra “magos” também suscita dúvidas. É certo que os reis deviam ter algum poder especial para conseguirem viajar de tão longe e visitar todas as casas numa só noite. Mas muitos especialistas em religião consideram que o termo teria outros significados na altura.

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João Scognamiglio, por exemplo, que escreve sobre religião, considera que “o nome «magos» não deve ser entendido com as conotações do nosso tempo. Naquela altura significava pessoas com um certo poder que se distinguiam, especialmente, pelos seus conhecimentos científicos, sobretudo astronómicos“. Muitos são aqueles que afirmam que os reis magos seriam astrólogos persas (devido às suas vestes).

Baltasar é, nos dias de hoje, representado como sendo negro — o que só aconteceu a partir do século XV. Anteriormente os reis tinham todos a mesma etnia, já que eram considerados descendentes de Noé. A ideia de tornar Baltasar negro surgiu com a intenção de simbolizar a universalidade do cristianismo. Assim, os três reis viriam de diferentes partes do mundo: Europa, Ásia e África.

Mas a história não terá tido um final feliz. Pelo contrário. O destino dos reis magos terá sido trágico. Belchior, Gaspar e Baltasar terão sido martirizados e enterrados juntos no mesmo sarcófago, como se fossem família.