A designer britânica Corrine Beaumont lançou uma campanha de sensibilização, onde um conjunto de imagens de limões ajudam a ilustrar os sinais o cancro da mama. A campanha tornou-se viral — já chegou a 7,3 milhões de pessoas nas redes sociais — e até já salvou vidas.
Ambas as avós de Corrine morreram com cancro da mama (uma aos 40 anos) e, após procurar mais informação sobre o assunto, a jovem entendeu que existem algumas lacunas, nomeadamente, sobre quais os sinais e sintomas e sobre como se deve proceder à palpação mamária.
Assim, a designer decidiu agarrar em limões e fazer limonada. Corrine fundou, há dois anos, a organização sem fins lucrativos Worldwide Breast Cancer e criou uma campanha de sensibilização a partir de uma série de imagens — seguindo o mote “conhece os teus limões” — que tornam os sintomas do cancro da mama visíveis e claros como água. A imagem mais conhecida, que se tornou viral, é a de uma caixa de ovos onde estão 12 limões, cada um a representar um sinal da doença.
Possíveis sinais e sintomas
- Nódulos/caroços na mama ou axila
- Alteração na forma da mama
- Vermelhidão
- Calor no peito
- Pele irritada ou como “casca de laranja”
- Líquido no mamilo
O objetivo de Corrine é mostrar às mulheres que sinais de alerta procurar, reafirmando a importância de olharmos e conhecermos o nosso corpo. Um estudo recente diz que em cada 1.000 mulheres um terço não observa, regularmente, os seios à procura de alterações.
Algumas pacientes não querem falar sobre os seus seios, nem sequer olhar para eles”, disse a designer à BBC.
A campanha é já antiga mas voltou à “ribalta” depois da britânica Erin Smith Chieze ter partilhado as imagens, explicando que foi graças à campanha que descobriu que estava doente: “Uma vez alguém partilhou uma imagem no Facebook de como o cancro da mama se parece. Não o que se sente mas como se parece”. Erin viu a imagem da caixa de limões e soube de imediato que tinha cancro. Erin referiu ainda outras campanhas de sensibilização para o cancro da mama que não são tão eficazes, dando o exemplo da partilha de um coração no Facebook.
Nós temos de dar informação real, não corações fofos. Sem ter visto a imagem por acaso com informação real, não sabia o que procurar.