Quase dois anos depois do primeiro número chegar às bancas, a revista Cristina vai fechar. A decisão avançada pela revista Flash foi confirmada por uma fonte do projeto editorial ao Observador: “Por mútuo acordo [entre Cristina Ferreira e a Masemba], decidiram pôr fim à parceria que tinha uma lógica anual.”
A empresa editora da publicação vai lançar a última edição da revista (cuja capa ainda está por revelar) já no próximo dia 7 de fevereiro e acabar com “um dos projetos editoriais que teve mais impacto na última década”. A mesma fonte afirma ainda que “a parceria acaba feliz”: “Foi bom e não acabam chateados”. Uma decisão que “não ameaça outros títulos do grupo” como a Revista de Vinhos, Lux e LuxWoman.
Cristina Ferreira, de 39 anos, está de férias na Tailândia e até à hora em que este artigo foi publicado não se pronunciou sobre a notícia de fecho, à exceção de uma fotografia na rede social Instagram onde dá a entender que, apesar do fim da revista Cristina, o futuro é sorridente. “E se isto acabar? O que vier será melhor”, diz, partilhando a última frase do seu livro Sentir. Contactada pelo Observador, a agente da apresentadora da TVI também não quis comentar a notícia.
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Em comunicado oficial, divulgado durante a tarde desta terça-feira, o grupo editorial afirma que “a revista Cristina nasceu em março de 2015, fruto de uma parceria entre a apresentadora Cristina Ferreira e a Masemba. Esta parceria tinha uma base anual, sendo a sua continuidade avaliada no final de cada ano. Ambas as partes decidiram, de mútuo acordo, terminar a parceria, com efeitos a partir de março deste ano”.
A revista Cristina foi o projeto editorial com maior sucesso em Portugal nos últimos dois anos, tendo sido seguramente o título mais impactante lançado na última década. Tratou-se de um título rentável desde o número 1. A Masemba agradece à Cristina Ferreira e à equipa da revista Cristina, o empenho, dedicação e paixão que imprimiram ao mesmo”, remata a Masemba.
O primeiro número da revista Cristina chegou às bancas em março de 2015 com Marcelo Rebelo de Sousa na capa e atingiu vendas na casa dos 110 mil exemplares. Em duas horas foram vendidos mais de 40 mil cópias da revista mensal, escreveu à data o Dinheiro Vivo. Em 2016 estes números desceram e a revista passou a vender entre os 32 mil e os 65 mil exemplares segundo a Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação — mesmo com capas polémicas como as que mostraram a nudez de Quaresma, Rita Pereira, Simão Sabrosa e Joana Amaral Dias, e com entrevistas a Santana Lopes, Ricardo Araújo Pereira e Manuel Luís Goucha (cujo número esgotou e teve direito a uma segunda edição).
Desde o início a revista Cristina vendia-se embalada num plástico transparente, com data de chegada às bancas no dia 7 de cada mês e um preço de capa de 3€. Apresentava-se como “uma revista mensal focalizada em abordar de uma forma única, irreverente e inusitada temas de atualidade, em diferentes áreas como saúde e bem-estar, beleza, moda, lazer, viagens, comportamento, família, ente outros”. A penúltima capa da publicação, lançada em janeiro deste ano, contou com Simone de Oliveira num frente a frente com Cristina Ferreira.
Em fotogaleria reunimos as capas mais mediáticas de dois anos de publicações.
Artigo atualizado às 16h15 do dia 31.01.2017 para incluir o comunicado oficial da Masemba e reação de Cristina Ferreira.