O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta quinta-feira que a redução do défice em 2016 é o resultado de “um esforço muito grande dos portugueses desde 2011/2012” e não de “um milagre”, como afirmou a presidente do Conselho de Finanças Públicas Teodora Cardoso.
“Milagre este ano em Portugal só vamos celebrar um que é o de Fátima para os crentes, como é o meu caso, tudo o resto não é milagre. Saiu do pelo e do trabalho dos portugueses desde 2011/2012”, afirmou o Presidente da República, num comentário às declarações da presidente do Conselho de Finanças Públicas, Teodora Cardosa.
Em entrevista ao Público e à Rádio Renascença, Teodora Cardoso disse duvidar da sustentabilidade das medidas que o Governo usou para conseguir reduzir o défice de 2016 para 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB). “Até certo ponto, houve um milagre”, disse a presidente do Conselho de Finanças Públicas, considerando que a incerteza em relação à sustentabilidade da redução do défice, aliado a um passado de saída e posterior reentrada em défice excessivo, leva os mercados a não valorizar os resultados.
Défice baixou à custa de “medidas insustentáveis”, diz Teodora Cardoso
Em declarações aos jornalistas no final de uma aula sobre a vida de Sá Carneiro na escola Rodrigues de Freitas, no Porto, que o ex-primeiro-ministro do PPD/PSD frequentou, Marcelo Rebelo de Sousa disse que “para já é preciso haver a decisão de saída do processo de défice excessivo”. “Isso [a redução do défice] foi um esforço muito grande dos portugueses desde 2011/2012 e todos esperamos que seja possível, mas vamos ver”, frisou.