De tudo fez a McLaren para aguçar a curiosidade e abrir o apetite relativamente ao primeiro membro da sua gama mais importante: a Super Series II. Como o Observador há muito vinha antecipando, o modelo adopta a designação comercial 720S, alusiva à potência debitada pelo seu motor V8 biturbo de 3.994 cc, com 41% de novos componentes e capaz de oferecer, ainda, 770 Nm de binário máximo – tudo transmitido às rodas traseiras através da caixa pilotada de dupla embraiagem e sete velocidades com comando sequencial SSG.

Valores que só podiam traduzir-se em exuberantes prestações, como que a confirmar que o 720S é não só mais leve, como dinamicamente mais competente do que o 650S que o antecedeu. Velocidade máxima: 341 km/h. 0-100 km/h: 2,9 segundos. 0-200 km/h: 7,8 segundos. 0-300 km/h: 21,4 segundos. Graças, também, ao sistema de travagem com discos carbocerâmicos (com 390 mm de diâmetro na frente e 380 mm atrás), os dados relativos à travagem não são menos impressionantes: 2,8 segundos, ou 29,7 metros, nos 100-0 km/h; 4,6 segundos, ou 117 metros, nos 200-0 km/h. Porventura mais difícil será alcançar o consumo combinado anunciado de 10,7 l/100 km…

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Com 4.543 mm de comprimento, 1.930 mm de largura, 1.196 mm de altura e 2.670 mm entre eixos, o 720S exibe formas a que não é fácil ficar indiferente, e ainda menos com as portas abertas, graças ao seu sistema de abertura em ângulo diedro. Mas, aqui, a forma obedeceu sempre a função, pelo que também merecem referência a ausência de tomadas de ar laterais para refrigeração do motor (função garantida pelas próprias portas, capazes de canalizar o ar para os radiadores do motor montado em posição central), aumento em 50% da downforce e asa traseira activa, tanto a alta velocidade como em travagem.

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Construída em fibra de carbono, a estrutura monocoque Monocage II é outros dos grandes trunfos no novo McLaren, a que se juntam o chassi activo PCC (com três modos de funcionamento à disposição do condutor – Comfort, Sport e Track – e função Variable Drift Control) e os amortecedores adaptativos. O interior manufacturado, mais espaçoso e de mais fácil acesso, combina requinte com desportividade, refinadas peles e elementos em alumínio maquinado, mas o seu elemento mais espectacular é, sem sobra de dúvida, o painel de instrumentos Folding Driver Display, passível de funcionar em posição vertical e ecrã completo, ou na horizontal e estando a informação prestada ao condutor reduzida ao mínimo, para que este nunca se distraia da sua função.