“Companheiro digital”. “Robô sobre rodas”. “Nave espacial sobre rodas”. Estas são só algumas das expressões utilizadas pela Nio, a marca chinesa anteriormente conhecida como NextEV, para definir a sua mais recente criação, revelada em Austin, no Texas. Mas, para já, apenas como estudo – o primeiro protótipo físico será mostrado em Abril, no Salão de Xangai, e a chegada ao mercado está prevista para 2020.

O habitáculo é, decididamente, o elemento predominante do Eve. Com 2+4 lugares, os passageiros dianteiros usufruem de uma ampla liberdade de movimentos e de uma perspectiva panorâmica para o exterior, graças ao enorme pára-brisas, em que também são projectadas as informações relacionadas com a condução.

Atrás destes existem quatro bancos fixos, numa disposição ao estilo de um lounge, em que os da segunda fila estão montados nas costas dos dianteiros, na direcção oposta ao sentido de marcha, de frente para os traseiros e destes separados, quando pretendido, por uma mesa desdobrável embutida nos painéis laterais da carroçaria. Já os da terceira fila são reclináveis, como os da classe executiva de um avião.

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O tejadilho é um imenso vidro digital com realidade aumentada, que não só serve de interface com os passageiros, como funciona como parte integrante de uma estrutura que dispensa os pilares dianteiros e centrais. A secção lateral do Eve pode passar de transparente a opaca num instante, para maior privacidade de quem segue a bordo.

O coração do Eve, segundo a Nio, é o seu motor dotado de inteligência artificial, permanentemente conectado com os outros veículos, e capaz de permitir ao modelo comunicar por via oral ou visual com os passageiros, os restantes utilizadores da estrada e os próprios peões (nomeadamente através de sinais gráficos que os alertam para a sua presença).

De resto, pouco mais foi adiantado nesta matéria, a não ser que a condução é totalmente autónoma (embora ainda existindo um volante e pedais retrácteis, para condução manual quando desejado) e a propulsão exclusivamente eléctrica, sendo a autonomia ambicionada de 1.000 km.

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