A chinesa Geely vendeu, em 2016, 766 mil unidades – um valor recorde que lhe permitiu mais do que duplicar os seus lucros face ao ano anterior, para cerca de 690 milhões de euros, ou seja, registando assim o maior crescimento desde 2010. A compra da Volvo, precisamente nesse ano, terá sido decisiva para o alcançar destes resultados, pelo que tem permitido potenciar a imagem da marca e incrementar as vendas de modelos lançados após a aquisição da marca sueca, como a berlina GC9 e o SUV Boyue, cuja procura excedeu todas as expectativas.

Tendo em conta este desempenho, em 2019, a Geely pretende ser o primeiro fabricante automóvel sedeado na China a lançar a sua própria marca nos mercados ditos desenvolvidos, através da Lynk & Co – que já anunciou o lançamento, numa primeira fase na Europa e nos EUA, de um modelo desenvolvido em parceria com a Volvo, e dotado de muita tecnologia da marca de Gotemburgo.

Geely Boyue

Aliás, não é de hoje a aposta da Geely numa operação internacional, mesmo que através de interpostas participadas: além da Volvo, o grupo chinês detém a London Taxi Company (LTC), a construtora dos célebres táxis londrinos, que salvou da falência em 2013. E que, por sinal, acaba de inaugurar uma nova fábrica destinada à produção de táxis eléctricos, os quais, pela primeira vez, poderão ser vendidos fora do Reino Unido, a cidades em que a poluição seja uma prioridade.

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Esta nova unidade fabril, instalada nas imediações de Conventry, é a primeira fábrica de automóveis eléctricos do Reino Unido, tendo obrigado a um investimento de cerca de 350 milhões de euros. Aí será produzido o TX5, o modelo desenhado no centro de estilo da Geely em Barcelona, que terá por missão substituir o emblemático FX4, de 1958.

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Com estrutura em alumínio e painéis em material compósito, o TX5 recorre a um motor eléctrico combinado com um motor a gasolina que serve como extensor de autonomia, e que a LTC assegura ser suficiente para permitir a um táxi operar durante um dia inteiro sem necessidade de recarregar a bateria ou reabastecer o depósito. Oferece ainda, ao motorista e aos passageiros, o hotspot wi-fi, para ligação à Internet, e tomadas de carregamento para dispositivos móveis.

De salientar que, a partir de Janeiro, todos os táxis que circulem em Londres deverão ser capazes de operar no modo de zero emissões, ou seja, terão de ser totalmente eléctricos ou híbridos, estando ainda impedidos de ser animados por motores a gasóleo.