O Tesouro português colocou 1.250 milhões de euros num leilão duplo de dívida pública, a cinco e a oito anos, esta quarta-feira. No prazo mais curto, as taxas caíram face a emissão em fevereiro. Já no prazo mais longo, a oito anos, juros superaram os 3,3% — não existindo um leilão comparável recente neste prazo.
O leilão foi repartido entre 625 milhões a cinco anos e 625 milhões de euros a oito anos. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) conseguiu obter a totalidade dos montantes que pretendia, com a procura a superar em 1,7 e 1,8 vezes, respetivamente, os valores colocados.
A dívida a cinco anos foi emitida com uma taxa de 2,17%, abaixo dos 2,75% pagos a 8 de fevereiro (dia em que foi emitida dívida sob esta mesma linha de obrigações do Tesouro com maturidade em 2022.
No prazo a oito anos, não existe um comparável recente. A colocação desta quarta-feira registou uma taxa de 3,3%, por dívida que será reembolsada em outubro de 2025. No início de março, emitiu-se dívida com um prazo parecido, mas tratava-se de uma linha de obrigações com maturidade em julho de 2026. Era um prazo maior, e o juro também foi maior: 3,95%.
Ainda assim, a tendência dos juros portugueses tem sido de queda nas últimas semanas, já que mesmo essa linha de 2026 tem vindo a negociar com um juro cada vez mais baixo nos mercados: os títulos dessa linha estão a ser negociados no mercado com um juro de 3,57%.