A UEFA, em comunicado, esclareceu esta quinta-feira que a decisão de o jogo entre o Borussia de Dortmund e o Mónaco ser adiado apenas por um dia foi tomada em total acordo entre as partes. O orgão que gere o futebol afirma ainda que nunca recebeu uma manifestação de ideia contrária por parte do clube alemão face à data da partida.
“A decisão de jogar o encontro às 18h45 [17h45 em Lisboa] foi tomada no estádio do Borussia Dortmund em cooperação e acordo total dos clubes e autoridades.”
A afirmação é do português Pedro Pinto, director de comunicação da UEFA, dadas à Associeted Press. Segundo o mesmo nunca foi declarado por nenhum dos clubes “qualquer informação que sugerisse que alguma das equipas não quisesse jogar”.
A reação da UEFA chega depois das delcarações dadas após o jogo – que o Borussia perdeu frente ao Mónaco por 3-2 – por parte do treiandor da equipa alemã, Thomas Tuchel. Este afirmou em conferência de impresa que foram obrigados a jogar depois do ataque ao autocarro onde a equipa seguia. Tuchel afirmou que o Borussia Dortmund sentiu-se “completamente ignorado” na decisão da UEFA em remarcar o jogo da Liga dos Campeões contra o Mónaco para apenas 24h depois de três bombas terem explodido debaixo do autocarro que transportava a equipa alemã.
O treinador disse ainda que o clube foi informado “por mensagem escrita”, que teria que jogar. “Ninguém nos perguntou a nossa opinião, decidiram isto na UEFA. Minutos depois do ataque, disseram-nos que tínhamos de jogar, como se tivessem atirado uma caneca de cerveja contra o autocarro”, lamentou. “A decisão foi feita na Suíça mas afeta-nos diretamente e não nos esqueceremos disso, é um sentimento muito mau”, disse o treinador.
“A UEFA quer que continuemos a jogar, e nós entendemos que claro que temos que continuar, só que também queremos ser competitivos, não queremos utilizar o que aconteceu como desculpa”, acrescentou ainda Tuchel que ofereceu aos seus jogadores a opção de não jogarem esta quarta-feira o jogo dos quartos de final contra o Mónaco, coisa que todos se recusaram a aceitar.
O diretor de competições da UEFA, Giorgio Marchetti disse que o calendário da Liga dos Campeões é muito apertado mas que “todas as decisões foram tomadas em acordo com ambos os clubes”.
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