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Vídeo mostra bomba dos EUA a cair no Afeganistão

Este artigo tem mais de 5 anos

A informação é do Ministério da Defesa do Afeganistão que adianta que foram destruídos "esconderijos estratégicos" do auto-proclamado Estado Islâmico. Estado Islâmico nega as mortes.

A bomba GBU-43 lançada pelos EUA no leste do Afeganistão destruiu uma rede de túneis utilizada pelo autoproclamado Estado Islâmico e causou a morte de pelo menos 36 combatentes daquele grupo radical, informou esta sexta-feira o governo afegão.

Na sequência do bombardeamento, esconderijos estratégicos do Daesh (sigla em árabe para Estado Islâmico) e uma rede de túneis foram destruídos, e 36 combatentes do Estado Islâmico mortos”, disse o Ministério da Defesa em comunicado.

O momento do ataque foi filmado pelo Pentágono, que agora divulgou o vídeo.

As autoridades afegãs descartaram a possibilidade de vítimas civis, segundo a AFP. O Estado Islâmico já veio, contudo, desmentir ter sofrido baixas no bombardeamento. “Uma força de segurança desmentiu à agência Amaq a existência de qualquer morto ou ferido no ataque americano de ontem em Nangarhar”, indicou a Amaq, citado pela Agência Lusa.

A bomba GBU-43 (Massive Ordnance Air Blast – MOAB), que os Estados Unidos lançaram na quinta-feira no Afeganistão, pesa 9,5 toneladas, das quais 8,4 são explosivos, e tem um raio de ação com um diâmetro de 1,4 quilómetros.

Conhecida como “a mãe de todas as bombas”, foi desenvolvida para o Exército norte-americano por Albert L. Weimorts Jr., entretanto falecido, e começou a ser fabricada em 2001 no Laboratório de Investigação da Força Aérea.

O Governo afegão afirmou na quinta-feira que estava em contacto com os Estados Unidos e foi informado do lançamento em Nangarhar, no leste do país, de uma bomba GBU-43, encontrando-se a avaliar o resultado do bombardeamento.

O bombardeamento foi executado na quinta-feira às 19:32 locais (16:02 de Lisboa).

O assessor de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, disse que o objetivo era acabar com um “sistema de túneis” do grupo radical autoproclamado Estado Islâmico, que permitia aos seus milicianos “mover-se com liberdade e atacar com mais facilidade os militares norte-americanos e as forças afegãs”.

Uma das primeiras vozes ouvidas contra esta ação militar foi a do ex-Presidente afegão Hamid Karzai. “Nós temos de ser mais duros, e de forma veemente condeno o lançamento da última arma, a maior bomba não-nuclear, no Afeganistão, pelos EUA”, escreveu Karzai, na rede social Twitter.

A bomba foi lançada na quinta-feira pela primeira vez em combate, uma vez que até agora apenas foi sujeita a testes, o primeiro dos quais em 2003 na Base da Força Aérea Englin, na Flórida. Um outro teste foi realizado a 21 de novembro do mesmo ano.

Uma das principais características desta bomba, a capacidade de atingir grandes profundidades e destruir construções, como túneis, esteve na origem da escolha.

A bomba GBU-43 consegue atingir túneis com grande precisão, tendo sido esta a razão da sua escolha, já que, segundo o general John W. Nicholson, comandante das forças norte-americanas no Afeganistão, os jihadistas têm estado a trabalhar em defesas subterrâneas em ‘bunkers’.

Esta bomba não nuclear é considerada a segunda mais poderosa, só ultrapassada pelo artefacto explosivo russo FOAB, conhecido como “o pai de todas as bombas”.

*Atualizado com reação do Estado Islâmico às 16h15

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