Manter o ADN de um modelo que já vendeu mais de 5 milhões de exemplares desde o seu lançamento, mas adoptando um estilo completamente novo, foi o desafio que os projectistas e engenheiros da Suzuki tiveram de enfrentar aquando do desenvolvimento da nova geração do Swift. A sua versão europeia tem lançamento comercial em Portugal previsto para Maio, com preços ainda por definir, e não deixa de cativar pelas formas modernas, mais aerodinâmicas (melhorou 8% face ao seu predecessor) e definidas ao gosto europeu – sublinhadas pelos pilares A em preto, pelos farolins traseiros dispostos verticalmente, pelos puxadores das portas traseiras embutidos nos pilares C e pelos grupos ópticos dianteiros e traseiros integralmente por LED (sendo os dianteiros de série, ou opcionais, consoante a versão).
Com 3.840 mm de comprimento, 1.735 mm de largura e 1.495 mm de altura (1520 mm na versão 4×4, o novo Swift é 40 mm mais largo e 20 mm maior entre eixos do que o seu antecessor, e também 10 mm mais curto e 15 mm mais baixo. Estes valores, em conjunto com a optimização do espaço interior, permitiram incrementar notoriamente tanto a habitabilidade como a capacidade da bagageira, que é agora de 245 litros (mais 34 litros do que anteriormente). Num interior que se pretende desportivo e funcional, menção, também, para o painel de instrumentos de generosas dimensões, com ecrã LCD de 4,2” integrado, e para os vários apontamentos em branco e cromados.
Também por ter por base a nova plataforma Heartect, capaz de combinar leveza e robustez, o Swift da nova geração perdeu até 120 kg relativamente ao modelo que o precedeu, anunciando um peso de apenas 840 kg na sua versão mais acessível e despida de qualquer extra. Trunfo que, inevitavelmente, a par do aumento da rigidez, se repercutirá no plano dinâmico, seja em termos de comportamento, como de performances e consumos.
Prova disso mesmo, os dados anunciados para as duas versões disponíveis, ambas a gasolina, uma equipada com um motor atmosférico de quatro cilindros e 1,2 litros, a outra com o tricilíndrico sobrealimentado de 998 cc – qualquer deles aliado, de série, a uma caixa manual de cinco velocidades, e possível de combinar com o sistema “microhíbrido” SHVS, composto pelo sistema ISG (alternador e motor eléctricos integrados) e pela bateria de iões de lítio de 12 Volt.
Assim, o Swift 1.0 Boosterjet de 111 cv e 170 Nm (160 Nm com caixa automática de seis velocidades), proposto apenas com tracção dianteira, anuncia 195 km/h de velocidade máxima, 10,6 segundos nos 0-100 km/h e um consumo combinado de 4,6 l/100 km (4,3 l/100 km/h na variante SHVS). Valores que passam a ser de 190 km/h, 10,5 segundos e 5,0 l/100 km/h na versão de caixa automática.
Já o Swift 1.2 Dualjet, com 90 cv, 120 Nm, caixa manual e tracção dianteira, promete alcançar 180 km/h de velocidade máxima, cumprir os 0-100 km/h em 11,9 segundos e proporcionar um consumo combinado de 4,3 l/100 km (4,0 l/100 km se equipado com o sistema SHVS). Aqui, a opção de transmissão automática está a cargo de uma caixa CVT de variação continua, passando as prestações a ser de 175 km/h, 11,0 segundos nos 0-100 km/h e 4,6 l/100 km de consumo médio. Por fim, quem pretenda dispor de tracção integral Allgrip, só disponível com caixa manual, deverá contar com 170 km/h, 12,6 segundos e 4,9 l/100 km (4,5 l/100 com sistema SHVS).
A segurança de quem segue a bordo também foi preocupação da Suzuki aquando do desenvolvimento do novo Swift, que passa a contar com vários sistemas assentes numa nova câmara monocular com sensor de laser, caso da travagem autónoma de emergência, do alerta de saída involuntária da faixa de rodagem e do assistente de máximos. O radar serve, por seu turno, dispositivos como o DSBS (alerta o condutor em caso de colisão iminente, assistindo na travagem caso esta se mostre inevitável) e o cruise control adaptativo, fazendo ainda parte do lote de atributos do modelo, neste particular, o alerta de fadiga do condutor.