É uma troca de mensagens entre adolescentes que poderia ser tão inocente como qualquer outra – não tivesse como objetivo final levar ao suicídio. O jogo “Baleia Azul” tem preocupado as autoridades um pouco por todo o mundo e, em Portugal, a PSP também está a acompanhar o caso.
‘Baleia Azul’. Autoridades brasileiras investigam jogo que termina em suicídio
Ao Observador, fonte da PSP confirmou que “se encontra a monitorizar este fenómeno” e que, “num esforço de prevenção e informação aos pais e responsáveis legais por crianças e jovens, aconselha uma série de medidas adicionais de segurança em ambiente digital”, tais como:
- Os pais devem manter-se informados e alertar as crianças para todas as implicações que decorrem da Baleia Azul;
- Deve haver uma maior supervisão e monitorização das atividades dos filhos na internet e redes sociais;
- Pais devem explicar que perigos existem quando adicionam desconhecidos nas redes sociais;
- Familiares, amigos e colegas da escola devem fazer parte da lista de amigos dos adolescentes;
- Pais não devem proibir o acesso dos filhos aos meios digitais;
- O diálogo e debate no seio familiar sobre segurança, perigos e privacidade na internet deve ser alimentado;
- Se há suspeita de que as crianças estão a ser alvo de violência psicológica ou intimidação devem dirigir-se à Esquadra da PSP mais próxima;
Como funciona o jogo? Começa numa troca de mensagens em redes sociais como o Facebook e o WhatsApp – o emissor da mensagem utiliza a imagem de uma baleia azul na foto de perfil (daí o nome do jogo) e passa para uma sequência de 50 desafios, que incluem atos de automutilação ou ingestão de medicamentos. O último é o do suicídio.
Ao que o Correio da Manhã conseguiu apurar, durante a madrugada de quinta-feira, houve uma jovem algarvia que saltou de um viaduto para a linha férrea, em Albufeira, para cumprir com os desafios do jogo – e que incluem, entre outras coisas, atos de automutilação.