O debate era sobre a Europa. E decorreu esta terça-feira na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde Marcelo Rebelo de Sousa foi professor até chegar a Belém e António Costa, o primeiro-ministro, aluno de Marcelo.

Sobre a Europa, Costa começaria por dizer, com um aparte: “A União [Europeia] é, efetivamente, uma mais-valia. Há razões para estarmos confiantes. Vou ser prudente — porque o Presidente da República costuma irritar-se com o meu otimismo –, mas acho que há razões para estarmos confiantes.” Em resposta, e num tom descontraído, Marcelo diria de Costa que “é impossível ser-se mais otimista do que ele”.

Felizmente, a grande maioria dos portugueses pensa o que nós dois [Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa] pensamos sobre a Europa. Mas ele [Costa] consegue ser sempre um pouco mais otimista. Ele diz que eu sou mais otimista, mas é impossível ser-se mais otimista do que ele. Ele todos os dias, mesmo quando chove, abre cortinados, persianas, e está um sol radiante. Que não é o caso agora, que está a chover lá fora — mas, mesmo a chover, ele vê sol”, garantiu o Presidente da República.

E prosseguiu: “Mas esse é um grande encanto [de António Costa] e faz bem ter um primeiro-Ministro assim. O que seria ter um primeiro-ministro pessimista?… Depende do voto dos portugueses, claro. Se os portugueses quiserem primeiro-Ministro pessimista, o Presidente da República terá de conviver com ele”.

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