Yoshe Oka, a primeira sobrevivente de Hiroshima que informou por telefone as autoridades japonesas sobre a destruição da cidade, em 1945, morreu com 86 anos, vítima de cancro, revelou esta terça-feira a família.
Oka era uma estudante de 14 anos de que se encontrava destacada num posto de comando do Exército Imperial japonês no dia do lançamento da bomba atómica, a 6 de agosto de 1945, onde morreram no momento do impacte mais de 80 mil pessoas.
Logo após o bombardeamento, Yoshe Oka fez o contacto telefónico entre Hiroshima e as autoridades militares de Fukuyama, a cerca de 100 quilómetros de distância, informando que a cidade “estava quase destruída” por um “novo tipo de bomba”.
A “hibakusha” – nome pelo qual são conhecidos os sobreviventes dos ataques a Hiroshima e Nagasaki – sofria de doenças relacionadas com os efeitos do bombardeamento.
Apesar das consequências do ataque, Oka difundiu, ao longo da vida, a experiência sobre o bombardeamento tendo participado em inúmeros atos pacifistas.
O bombardeamento pela Força Aérea dos Estados Unidos forçou a capitulação do Japão no dia 15 de agosto de 1945, pondo termo à II Guerra Mundial.
A bomba atómica que destruiu a cidade de Hiroshima matou no dia 6 de agosto de 1945 mais de 80 mil pessoas mas o número de mortos aumentou para 140 mil no final do mesmo ano sendo que, devido à radiação, o balanço de vítimas mortais duplicou nos anos a seguir ao final do conflito.