O escritor britânico Michael Bond, autor da série de livros para a infância protagonizada pelo urso Paddington, morreu na terça-feira aos 91 anos, revelou hoje a editora HarperCollins.
Michael Bond publicou várias séries de livros para a infância, mas foi com aquela personagem que fez a estreia literária, em 1958, com ilustrações de Peggy Fortnum. Depois de Um urso chamado Paddington, escreveu cerca de 20 livros, tornando Paddington uma figura acarinhada da literatura inglesa para os mais novos.
A série, que conta com vários volumes editados em Portugal, vendeu cerca de 30 milhões de exemplares em todo o mundo, e já foi adaptada para televisão e cinema, com um segundo filme a estrear-se ainda este ano.
Na origem da criação de Paddington está um pequeno urso de peluche que o autor disse ter comprado depois de o ter visto sozinho numa montra de uma loja próxima da estação de Paddington onde vivia na altura, em 1956.
Em 2008, em entrevista à Associated Press, Michael Bond explicava que “há qualquer coisa nos ursos de peluche que os diferencia de qualquer outro brinquedo”: “Acho que as bonecas estão sempre a pensar no que é que vão vestir a seguir. Os ursos têm essa qualidade particular que as crianças gostam, de que lhes podem contar segredos que eles não revelarão a ninguém”.
[trailer de “Paddington”, a adaptação ao cinema de 2014:]
Michael Bond escreveu ainda outros livros para a infância, com personagens como “Olga da Polga” e o detetive “Monsieur Pamplemousse”.
Nascido em Newbury em 1926, Michael Bond publicou o primeiro conto em 1945, quando estava a cumprir serviço militar no Cairo, ao serviço do exército britânico, e trabalhou na BBC quando publicou o primeiro livro para crianças.
Em 1997 foi agraciado pela rainha Isabel II em reconhecimento pelo trabalho literário para os mais novos.
A série Paddington foi recentemente reeditada em Portugal com a publicação dos volumes Um Urso Chamado Paddington — Aventuras do Urso que Nasceu no Peru e O regresso de Paddington pela Editorial Presença.