A Coreia do Norte lançou o seu primeiro míssil balístico intercontinental. E escolheu o dia da Independência dos Estados Unidos, 4 de julho. A reação da comunidade internacional foi de forte reprovação mas, na Coreia no Norte, as ruas foram tomadas de uma euforia normalmente reservada para os aniversários dos vários Grandes Líderes.
Entre sorrisos rasgados e abraços aos militares que se encontravam perto da zona de lançamento, Kim Jong-un pediu ao exército que continuasse a lançar “grandes e pequenas prendas aos sacanas dos norte-americanos”, noticiou a agência de notícias norte-coreana KCNA.
A KCNA escreveu ainda que o míssil tinha capacidade para carregar “uma ogiva nuclear de grande dimensão” e que, apesar da turbulência “o dispositivo de controlo da detonação funcionou com sucesso”. O teste envolveu um projétil de médio alcance que foi lançado pelas 9h40 locais (01h40 em Lisboa) e que voou cerca de 930 quilómetros, atingindo o Mar do Japão.
Os EUA começaram há pouco tempo a instalar no território sul-coreano o THAAD, o seu controverso escudo antimísseis, sob forte contestação da China e de outros países da região, como a Rússia. No Twitter, Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos, comentou o lançamento do míssil, perguntando: “Este tipo não têm nada melhor que fazer?”, referindo-se ao líder da Coreia do Norte. Trump pediu também à China que pressione o seu vizinho, que dependente inteiramente das transações comerciais com o gigante comunista. “Talvez a China pressione a Coreia do Norte o suficiente para que eles parem com estas parvoíces de uma vez por todas!”