Têm sido várias, e das mais diversas origens, as projecções que apontam para uma implementação acelerada dos automóveis eléctricos no mercado. Mas nenhuma foi tão extrema quanto a revelada recentemente por Elon Musk, CEO da Tesla, num encontro da associação dos governadores dos estados dos EUA. É que, enquanto boa parte dos cenários mais optimistas apontam para 2035-2040 como o período em que a produção automóvel norte-americana será assegurada em 50% por veículos exclusivamente eléctricos, o empresário acredita que tal meta será alcançada, cerca de década e meia mais cedo.

Penso que as coisas começarão a crescer exponencialmente. Há uma grande diferença entre cinco e 10 anos. A minha previsão é que, provavelmente, dentro de 10 anos mais de metade da produção de automóveis novos nos EUA será garantida por veículos eléctricos”, referiu.

Musk acrescentou, igualmente, que serão precisos mais alguns anos até que a produção de automóveis com motores térmicos cesse. E ainda mais uns quantos para substituir a frota existente de automóveis com motores de combustão. Ressalvando que, na China, o processo deverá ser mais célere, devido à adopção de regulamentação mais estrita, não esquecendo de aludir ao facto de todos os fabricantes de dimensão global, à excepção da Tesla, terem solicitado ao Governo chinês um afrouxamento dessas normas.

Em conversa com o governador do estado do Nevada, o fundador da Tesla expressou, de igual modo, a sua crença de que, no mesmo prazo de 10 anos, quase todos os novos veículos produzidos serão autónomos. E que, 10 anos mais tarde, nenhum automóvel produzido contará já com um volante.

Esta mesma oportunidade foi ainda aproveitada por Elon Musk para esclarecer alguns pontos relativos aos planos da Tesla para a contrução das suas novas gigafábricas, aptas a produzir tanto automóveis como packs de baterias. Sem adiantar pormenores de maior em termos da respectiva localização, deixando tal esclarecimento lá mais para final do ano, acabou por confirmar que uma será construída na Europa, a outra na Ásia (muito provavelmente na China, já tendo sido encetadas conversações nesse sentido com o governo local) e mais duas ou três em território norte-americano, a juntar às já existentes nos estados do Nevada (GigaFactory 1) e de Nova Iorque (GigaFactory 2, esta, pelo menos por ora, exclusivamente dedicada à produção de painéis solares).

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