O Presidente dos EUA anunciou esta quarta-feira que vão deixar de ser aceites “indivíduos transgénero” nas forças armadas. Porquê? Porque acarretam “custos médicos enormes” e causam “perturbação”, explicou Donald Trump em três tweets publicados esta manhã.

Depois de consultas com os meus Generais e especialistas na área militar, por favor notem que o Governo dos Estados Unidos não irá aceitar ou permitir indivíduos transgénero de servir, em qualquer função, o Exército norte-americano. Os nossos militares têm de estar concentrados numa vitória definitiva e esmagadora, e não podem receber o ónus dos custos médicos tremendos e a perturbação que pessoas transgénero no exército iriam implicar. Obrigado”.

As pessoas transgénero estiveram impedidas, historicamente, de servir as forças armadas, por existir uma proibição vinda do Pentágono. Mas Barack Obama, antecessor de Donald Trump na Casa Branca, essa proibição foi suspensa — uma medida cuja aplicação estava sob análise e era sujeita a uma decisão definitiva. Apesar de ter garantido que iria defender os direitos da pessoas LGBTI durante a campanha, Donald Trump acabou por voltar atrás nas regras e a proibição regressou.

Com a possibilidade, criada por Obama, de haver pessoas transgénero nas Forças Armadas, estava a existir a prática de ser o Pentágono a pagar pelos tratamentos médicos relacionados com a mudança de sexo. Com o Congresso norte-americano a decidir sobre um pacote de 700 mil milhões de dólares de financiamento para o Pentágono, Donald Trump decidiu deixar de permitir que os cidadãos transgénero possam fazer parte do Exército, “em quaisquer funções”, livrando a Defesa dos EUA das despesas com mudanças de sexo.

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Recentemente, Donald Trump reverteu, também, a medida de Barack Obama que permitia que os jovens transgénero pudessem usar, nas escolas públicas, a casa de banho que preferissem (das mulheres ou dos homens). Durante a campanha, Donald Trump defendeu que as pessoas “devem usar a casa de banho que sentem ser mais apropriada”, mas, uma vez na liderança do Governo, reverteu essa medida.