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Técnicos da Comissão Nacional Eleitoral de Angola não se reveem nos resultados anunciados pela própria Comissão

Este artigo tem mais de 5 anos

Técnicos que representam a oposição na Comissão Nacional Eleitoral vieram esta quinta-feira distanciar-se dos resultados provisórios apresentados pela própria CNE, por não saberem quem os produziu.

Ao início da tarde, a CNE apresentou os resultados provisórios, referindo que o MPLA tinha então 64,57% dos votos
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Ao início da tarde, a CNE apresentou os resultados provisórios, referindo que o MPLA tinha então 64,57% dos votos

AFP/Getty Images

Ao início da tarde, a CNE apresentou os resultados provisórios, referindo que o MPLA tinha então 64,57% dos votos

AFP/Getty Images

Técnicos da Comissão Nacional Eleitoral de Angola (CNE) anunciaram esta quinta-feira, em Luanda, que não se reveem nos resultados divulgados pela próprio CNE algumas horas antes, e que dão ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) a vitória nas eleições presidenciais que se realizaram nesta quarta-feira.

Num ato inédito, em conferência de imprensa que decorreu na noite desta quinta-feira, alguns membros do CNE afirmaram aos jornalistas que não se reveem nos números apresentados pelo próprio organismo para o qual trabalham por não terem sido chamados, como é a sua função, a escrutinar esses mesmos votos.

“Não nos revemos na comunicação da CNE porque não foi feita com base nos preceitos legais, nem participamos na produção daqueles resultados. Com base na lei, cabe à CNE congregar os resultados eleitorais apurados por cada uma das candidaturas nas mesas de voto, com base nas informações fornecidas pelas comissões provinciais eleitorais que são os órgãos locais da CNE. Nenhuma comissão se reuniu para produzir os resultados que foram anunciados. Aqui estão membros da coordenação técnica do centro de escrutínio e eles não participaram na produção daqueles resultados”, referiu o porta-voz do grupo, o comissário da UNITA, Cláudio da Silva.

Os técnicos que convocaram a conferência de imprensa estão na CNE em representação da coligação CASA-CE e da UNITA, as duas maiores forças da oposição ao MPLA. Ainda assim, frisaram que falavam na qualidade de técnicos e não em representação dos partidos políticos a que pertencem.

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“Sentimos que fizemos um juramento perante a pátria e é nosso dever enquanto servidores públicos do Estado angolano servir a pátria com lealdade e primar para que todos os nossos atos sigam conforme a Constituição e a lei. Infelizmente, este último ato não foi feito nestes termos e por isso gostaríamos de dizer claramente que a nossa posição é contrária a esta posição que viola a lei”, acrescentou Cláudio da Silva.

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“Que fique bem vincado aqui que o que se trata aqui não é de contestar os resultados das eleições”, disse Miguel Francisco, técnico da CNE em representação da CASA-CE. “A contestação dos resultados não compete aos partidos concorrentes, a eles cabe aos partidos aferir a bondade ou não dos resultados que foram comunicados hoje. No meu caso particular, como membro do grupo técnico do centro de escrutínio, não tive conhecimento algum deste documento que hoje nos foi apresentado na reunião plenária e posteriormente foi divulgado. Não o discutimos, não sabemos qual é a proveniência, quem o produziu e, de forma surpreendente, o documento apareceu já feito para que a ele nos vinculássemos”, disse o técnico.

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Durante a tarde, outro mandatário da UNITA na CNE, José Pedro Cachiungo, já tinha dito à Televisão Pública de Angola que os números apresentados pela porta-voz da CNE são falsos. “Esses resultados são falsos. São falsos na sua produção, são falsos na sua dimensão, são falsos comparados com os que nós temos”, garantiu.

Isaías Chitombe, comissário da UNITA na CNE, disse que o objetivo do grupo era apenas distanciar-se dos resultados apresentados mas refere que já tinha avisado a Assembleia Nacional das irregularidades do processo. “Quando o processo eleitoral se iniciou já o grupo dos comissários nacionais eleitorais, do qual eu faço parte, tinha enviado uma petição à Assembleia Nacional porque já nessa altura tínhamos entendido que o processo não estava a andar bem. Não obtivemos nenhuma resposta. A partir daí temos estado a acompanhar os atropelos que se fazem à lei. Isto que está a acontecer hoje é a sequência do que sempre ocorreu”, disse o comissário.

Ao início da tarde, o MPLA anunciou que tinha vencido as eleições com 64,57% dos votos, numa altura em tinham sido escrutinadas 65,53% das assembleias de voto, tendo a UNITA conseguido 24,4%. A oposição e alguns movimentos civis fizeram contagens paralelas àquela que foi anunciada pela CNE e, apesar de avançarem também com uma vitória do MPLA, dizem que o partido ficou aquém da maioria absoluta.

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