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Tufão em Macau. Pelo menos nove pessoas morreram

Este artigo tem mais de 5 anos

O número de vítimas mortais causadas pela passagem do tufão Hato na quarta-feira em Macau foi esta quinta-feira atualizado para oito.

O número de feridos não foi atualizado
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O número de feridos não foi atualizado

ANTONIO MIL-HOMENS/EPA

O número de feridos não foi atualizado

ANTONIO MIL-HOMENS/EPA

O número de vítimas mortais causadas pela passagem do tufão Hato na quarta-feira em Macau foi esta sexta-feira atualizado para nove, informou o Centro de Operações de Proteção Civil (COPC) de Macau.

Além dos oito mortos reportados em Macau, foi encontrado mais um corpo, num parque de estacionamento na zona norte da cidade.

“Os mergulhadores dos Serviços de Alfândega encontraram um corpo não identificado, do sexo masculino, no parque de estacionamento do edifício Fai Tat”, na zona norte de Macau, às 6h24, indicou o COPC.

O Corpo de Bombeiros e os Serviços de Alfândega continuam os trabalhos de drenagem e buscas nos parques de estacionamentos de cinco edifícios em Macau, de acordo com o último comunicado do COPC. O último balanço dava conta de 244 feridos, a maioria ligeiros.

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Na província chinesa de Guangdong outras quatro pessoas morreram, de acordo com informações da agência noticiosa estatal Xinhua.

Este mapa mostra-lhe a situação meteorológica em tempo real na região do Mar do Sul da China, com informações sobre precipitação (azul), direção do tempo, temperatura (através da cor do continente) e pressão atmosférica.

Cerca de metade de Macau está sem eletricidade, graças ao maior tufão registado em 53 anos, escreve esta manhã o South China Morning Post. Um porta-voz do governo regional deu conta de que a eletricidade estava a ser gradualmente reposta nas zonas afetadas, contudo a Companhia de Eletricidade de Macau diz que o fornecimento está normalizado para a grande maioria dos clientes.

Fotogaleria. Tufão Hato deixa rasto de destruição em Macau

O tufão Hato era inicialmente uma tempestade tropical de meia intensidade mas ganhou força rapidamente e acabou por atingir o continente na manhã de quarta-feira, que fez as autoridades decretarem um alerta de nível 10 (o mais elevado).

Há ainda registo de graves problemas no abastecimento de água, havendo muitas pessoas nas ruas a tentarem aceder a bocas de incêndio para conseguirem alguma água para consumo básico. Também muitas lojas e supermercados ficaram sem stock de alimentos e outros bens essenciais, não havendo previsão de quando serão repostos.

Início de aulas mantem-se

A vice-presidente da Escola Portuguesa de Macau disse esta quinta-feira à agência Lusa que as aulas vão começar, conforme previsto, a 6 de setembro, apesar da destruição causada pela passagem do tufão.

“[O ano letivo] vai começar no dia 6 de setembro, porque nós vamos conseguir preparar tudo para que [as aulas] se iniciem nesse dia”, afirmou Zélia Baptista.

Os alunos podem não ter todas as comodidades que costumavam ter. Por exemplo, os jardins vão ficar vedados, mas tanto as salas de aula como os pátios de recreio vão ficar operacionais “, sublinhou.

A vice-presidente admitiu que “poderá não haver cantina” no arranque das aulas, mas garantiu que, a confirmar-se, essa situação “será comunicada atempadamente aos pais “. A cantina, explicou, “ficou toda estilhaçada e neste momento está a ser difícil arranjar operários para trabalhar a esse nível, principalmente por causa dos vidros”, que ficaram destruídos com o tufão, afirmou.

Zélia Baptista observou que ainda não é possível quantificar os estragos, que “foram avultados”, em termos monetários.

Temos na parte exterior da escola dois jardins que estavam vedados por muros. Os muros caíram e agora a escola está desprotegida. Qualquer pessoa pode entrar, portanto, essa é uma das nossas prioridades: tapar o local onde estavam os muros para dar privacidade e segurança à escola e posteriormente repor tudo o que lá estava”, disse.

Exército chinês nas ruas pela primeira vez desde 1999

A Guarnição em Macau do Exército de Libertação do Povo Chinês vai participar nos trabalhos de resposta à catástrofe causada pela passagem do tufão Hato, uma medida inédita desde a transferência do antigo enclave português em 1999.

“A partir desta sexta-feira, a Guarnição em Macau, em conjugação de esforços com o Governo e a população, prestará apoio nos diversos trabalhos construtivos e de socorro”, informa o gabinete do porta-voz do Executivo em comunicado.

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