Portugal reembolsou uma linha de Obrigações do Tesouro no valor de 6.080 milhões de euros que foi avançada em 2017, segundo confirmou esta segunda-feira a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP).
De acordo com a página da IGCP na agência de informação financeira Bloomberg, foi amortizada uma linha de Obrigações do Tesouro a 10 anos, que tinha uma taxa de juro de 4,35%, o que significa que Portugal reduz a dívida e os juros.
Segundo o relatório da proposta de Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), Portugal prevê emitir 38.800 milhões de euros (sobretudo em Bilhetes e Obrigações do Tesouro) e amortizar cerca de 28.800 milhões (dos quais 1.500 ao FMI — Fundo Monetário Internacional), daí resultando um financiamento líquido de quase 10.000 milhões de euros.
Em 2018, a principal fonte de financiamento líquido deverá novamente concentrar-se na emissão de dívida de médio e longo prazo em mercado, antecipando-se um contributo positivo de OT [Obrigações do Tesouro] de cerca de 8.400 milhões de euros”, lê-se no documento.
Adicionalmente, prevê-se que os Certificados de Aforro e do Tesouro mantenham o contributo positivo (financiamento líquido de 1.000 milhões de euros), ainda que “inferior ao observado nos últimos anos”, afirma o Governo.
Segundo os números mais recentes do Banco de Portugal, a dívida pública na ótica de Maastricht, a que conta para Bruxelas, aumentou 1,3 mil milhões de euros em agosto, face a julho, situando-se em 250,4 mil milhões de euros. O número mais recente do rácio da dívida face ao Produto Interno Bruto (PIB) aponta para uma dívida pública de 132,2% no primeiro semestre.
O Governo estima agora que, no final de 2017, o rácio da dívida pública em percentagem do PIB deverá situar-se em 126,2%, o que corresponde a uma diminuição de 3,9 pontos percentuais do PIB face ao final de 2016. Para 2018, o executivo projeta uma redução da dívida pública em 2,8 pontos percentuais do PIB, atingindo 123,5% do PIB.