Charlie Fry, um médico britânico residente na Austrália, estava a aproveitar a tarde de segunda-feira numa praia no norte de Sydney para surfar. Do nada, algo chocou contra ele e fê-lo cair da prancha. Virou-se para o lado e viu uma cabeça de tubarão a saltar da água. O que fez? Esmurrou-a. E salvou-se.

“Vi uma cabeça de tubarão a sair da água, com os seus dentes, e eu só a esmurrei na cabeça”, disse Charlie em entrevista ao Channel Nine. Apesar da aparente frieza com que lidou com a situação, o surfista disse que “genuinamente achava que ia morrer” e que ia “ser comido vivo por um tubarão”, o qual, segundo o próprio, tinha cerca de dois metros.

Após ter conseguido defender-se do ataque do tubarão, que lhe deu uma dentada no braço, o surfista disse que “tudo abrandou” e acabou por conseguir subir para a prancha e apanhar uma onda rumo à costa.

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O britânico disse ter sabido o que fazer graças a Mick Fanning, surfista profissional, que, durante uma prova em 2015, foi atacado por um tubarão e se conseguiu defender, segundo o próprio, dando-lhe um soco no nariz. Ao The Today Show do Channel Nine, Charlie confessou que, no momento do ataque, pensou “faz o que Mick fez e dá-lhe um soco na cara”. “Se estiveres a ver ou a ouvir, Mick, eu devo-te uma cerveja”, disse.

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A seguir ao ataque, Fry foi levado para o hospital pelos seus amigos, que surfavam com ele. Os ferimentos não eram muito graves, pelo que foi tratado e enfaixado no dia. O médico, que não faz surf há muito tempo e está apenas há dois meses na Austrália, disse ao The Today Show que provavelmente não vai voltar a surfar naquela área, denominada de “Shark Tower”, tão cedo. “O surf foi uma treta. Nem sequer valeu a pena.”

A praia em que Charlie Fry e os seus amigos estavam a apanhar ondas, Avoca Beach, estiveram fechadas durante o restante dia devido ao incidente. Pouco tempo depois do ataque, um helicóptero avistou um tubarão de três metros na área.

Ao que parece, um soco no nariz é mesmo uma das técnicas apropriadas para se defender de um tubarão. E não só: especialistas dizem que, em caso de ataque, agarrar as guelras ou os olhos também podem resultar como defesa.