A ministra do Mar considerou que o novo sistema de alerta precoce de tsunamis instalado em Lisboa representa um acréscimo de segurança para a população com um custo de “apenas um milhão de euros”.
“É um investimento de apenas um milhão de euros. E digo ‘apenas’ porque às vezes fala-se de investimentos de muitos milhões de euros que, porventura, não têm um valor acrescentado para a nossa segurança como este milhão. Este milhão permite tão simplesmente que Portugal integre a rede internacional de alerta precoce de tsunamis”, disse Ana Paula Vitorino na inauguração do novo sistema, no Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
A ministra explicou que a população portuguesa também ficará mais informada sobre os eventuais acontecimentos deste tipo que venham a ser detetados, mas que o equipamento serve, sobretudo, para melhorar a coordenação e antecipação com a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).
“O centro precoce de tsunamis insere-se nesse esforço (de coordenação entre o IPMA e a ANPC). Portugal tem de estar no centro do melhor das redes científicas globais”, já que “os tsunamis não são uma realidade distante e exótica”, disse, por seu lado, o ministro da Administração Interna (MAI).
Eduardo Cabrita recordou que “o terramoto de 1755 [em Lisboa] esteve associado a um dos maiores tsunamis de que há registo” e que este “sistema de alerta precoce [que Portugal agora integra] foi lançado – com a participação da UNESCO – na sequência do tsunami de 2004 que afetou a Indonésia e outras regiões da Ásia”.
No decorrer da cerimónia, para assinalar os dois anos de governação do atual executivo, a ministra do Mar e o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, visitaram o Instituto, cortaram a fita de inauguração do novo equipamento e descerraram uma placa alusiva ao projeto.