O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou esta quinta-feira o seu pesar pela morte do guitarrista dos Xutos & Pontapés, Zé Pedro, que classificou como um “guerreiro da alegria” e “da vontade de viver”.
“Era um guerreiro da alegria, da vontade de viver, de superar dificuldades, de nunca desistir. Chegou cedo demais o descanso deste guerreiro, que certamente não será esquecido por tantos e tantos amigos que deixou”, escreveu o chefe de Estado, numa mensagem colocada no ‘site’ da Presidência da República.
Depois de manifestar o seu pesar a “toda a família e amigos do Zé Pedro”, lembrando que o músico “era assim afetuosamente tratado por todos os portugueses”, Marcelo recorda que “os seus primeiros passos na música coincidiram com o despertar do país para o movimento punk, tendo mais tarde fundado uma das maiores bandas de rock de Portugal, e sobretudo uma das que mais tempo sobreviveu e acompanhou várias gerações”.
O guitarrista dos Xutos & Pontapés morreu esta quinta-feira, em Lisboa, aos 61 anos, disse à Lusa fonte próxima da família.
Zé Pedro estava doente há vários meses, mas a situação foi sempre mantida de forma discreta pelo grupo, tendo só sido assumida publicamente em novembro, a propósito do concerto de fim de digressão dos Xutos & Pontapés, no Coliseu de Lisboa.
José Pedro Amaro dos Santos Reis nasceu em Lisboa, em 14 de setembro de 1956, numa família de sete irmãos, “com um pai militar, não autoritário, e uma mãe militante-dos-valores-familiares”, como recordou num dos capítulos da biografia “Não sou o único” (2007), escrita pela irmã, Helena Reis.
No final na década de 1970, Zé Pedro, com Zé Leonel e Paulo Borges, decidiu criar uma banda, batizada Delirium Tremens. Passou depois a chamar-se Xutos & Pontapés, com a entrada de Kalú e de Tim para o lugar de Paulo Borges. O primeiro concerto da banda realizou-se há 38 anos, em 13 de janeiro de 1979, nos Alunos de Apolo, em Lisboa.