O possível investimento da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no capital da Caixa Económica Montepio Geral, o banco Montepio, faz sentido para a instituição porque a Santa Casa tem na sua “tradição” ser “pioneiro, o que não é o mesmo que ser aventureiro“. Esta é a opinião de Edmundo Martinho, que toma posse esta quarta-feira como provedor da instituição, sucedendo ao candidato à liderança do PSD Pedro Santana Lopes – Santana Lopes que, a dada altura, comentou com cautela a possível entrada da Santa Casa na instituição financeira porque era avesso a “aventuras“.

Em entrevista ao Público, publicada esta quarta-feira, Edmundo Martinho adianta que a intenção da Santa Casa é nomear um ou dois gestores executivos para o Montepio, tendo em conta um investimento que irá até 10% do capital da instituição financeira mas que representará quase 20% dos ativos da Santa Casa. Apesar disto, Edmundo Martinho diz que o possível investimento na Santa Casa é feito “com alguma tranquilidade”, já que “a análise que fazemos do Montepio, nesta altura, aponta para um conjunto de rácios com alguma solidez”.

O processo está em curso e os rácios de capital, que resultaram deste último aumento de capital, e aqueles com que vier a ficar depois do aumento de capital adicional que vai dar entrada à Santa Casa são rácios que nos dão alguma tranquilidade”

A operação está “a ser estudada com cautela para que a entrada no banco Montepio decorra em condições de segurança, mas com ambição grande”, acrescenta o responsável, que já tinha dado uma entrevista publicada este sábado ao Expresso em que já dizia que a Santa Casa iria “garantir que haverá uma presença nos órgãos de gestão que será muito superior à percentagem da sua participação” (os tais “até” 10%).

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