O Banco do Brasil e o Banco de Desenvolvimento Económico Social entregaram esta terça-feira propostas de alterações ao plano de recuperação judicial da operadora Oi, durante a assembleia-geral de credores da empresa no Rio de Janeiro.

As mudanças não foram detalhadas, mas a assembleia-geral foi suspensa até às 19h00 (21h00 Lisboa) para que o presidente da Oi, Eurico Teles, analisasse as propostas.

Segundo Marcelo Rangel, representante do Banco de Desenvolvimento Económico Social (BNDES) na assembleia, o plano de recuperação judicial da Oi já apresentou avanços, mas ainda é preciso “aparar algumas arestas” para que o órgão possa dar parecer favorável na votação final que ainda irá acontecer.

A reunião começou por volta das 11h45 (13h45 Lisboa) e reuniu 3.383 credores da Oi, 83% do total, segundo informações fornecidas à imprensa pelo advogado Arnoldo Wald Filho, representante do escritório independente nomeado para ser administrador da recuperação judicial da operadora brasileira.

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Ao longo do dia, Arnoldo Wald Filho confirmou que o plano de recuperação da empresa deve ser votado ainda hoje, embora o juiz Fernando Viana, da 7.ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, tenha determinado que a assembleia-geral poderia ser interrompida e retomada quarta-feira caso as discussões se alongassem.

A Oi, na qual a portuguesa Pharol é acionista de referência com 22% das ações, esteve num processo de fusão com a Portugal Telecom, que nunca se concretizou.

A empresa entrou com um pedido de recuperação judicial em junho do ano passado por não conseguir negociar as dívidas, que na época somavam 65 mil milhões de reais (17 mil milhões de euros).