O caso da morte da jovem madrilena Diana Quer foi reaberto esta terça-feira — o mesmo dia em que surge a confirmação oficial de que o ADN do corpo encontrado este domingo corresponde mesmo à jovem. As autoridades explicaram ainda, de acordo com o jornal espanhol El País, que irão reavaliar casos de violação e desaparecimentos na área porque suspeitam que José Enrique Abuín, também conhecido como El Chicle — que admitiu ter assassinado Diana Quer — possa estar envolvido.
O caso tinha sido arquivado em abril depois de o juiz considerar que não havia “evidências suficientes para direcionar a investigação perante o determinado suspeito” — referindo-se a um homem que tinha sido considerado suspeito, a 10 de novembro de 2016.
Diana Quer desapareceu a 22 de agosto de 2016, na Galiza, Espanha. A jovem esteve desaparecida durante 496 dias. No dia 29 de dezembro, as autoridades detiveram um homem, José Enrique AG, conhecido como “El Chicle”, pela tentativa de sequestro de uma jovem na cidade de Boiro, na Corunha.
“Morena, vem aqui”. A história dos 496 dias do desaparecimento de Diana Quer
No primeiro interrogatório, El Chicle disse às autoridades ter atropelado acidentalmente a jovem e escondido o corpo com medo. Mas as autoridades não ficaram convencidas por esta versão e pressionaram o suspeito. Num segundo interrogatório, El Chicle confessou: depois de ter visto Diana Quer sozinha na rua, tentou violá-la e estrangulou-a depois de a jovem ter resistido. Assustado após o crime, o autor do crime levou o corpo no carro e moveu-o para um edifício industrial abandonado em Rianxo, na Corunha.
No último dia do ano, o corpo de Diana foi encontrado no local revelado pelo autor do crime. Apesar do tempo decorrido desde a morte, o corpo de Diana Quer estava em boas condições. O corpo estava amarrado a tijolos de cimento pela cintura e pelos ombros, de acordo com o El País. A primeira confirmação veio de imediato: o corpo é o de Diana, mas realizaram-se testes de ADN para ter a confirmação oficial.