O detetive privado Kevin Halligen, que os pais de Madeleine McCann tinham contratado em 2008 para encontrar a filha, que desapareceu no Algarve em 2007, foi encontrado morto esta semana na sua casa em Guildford, cerca de 50 quilómetros a sudoeste de Londres. Segundo a BBC, a polícia britânica está a investigar a morte do detetive de 56 anos, que era suspeito de ter desviado dinheiro do fundo angariado pelos pais de Maddie para apoiar a investigação.

A morte foi confirmada à Press Association pelo jornalista Adrian Gatton, que em 2014 realizou um documentário com o detetive. Citado pela BBC, Gatton disse que “havia sangue à volta da casa, provavelmente provocado por quedas anteriores quando ele estava ou bêbado ou a desmaiar”, e que a casa estava “cheia de garrafas vazias”.

Em 2008, um ano depois do desaparecimento de Madeleine McCann, a imprensa inglesa divulgou informações que davam conta de que Halligen tinha desviado fundos do casal McCann. O detetive negou as acusações, dizendo que as notícias eram uma “distorção grosseira do que realmente estava a acontecer”.

Os pais de Maddie tinham contratado a Oakley International, empresa de Halligen, por 500 mil libras, mas acabaram por rescindir o contrato depois de lhe pagarem 300 mil libras, alegando que a empresa não tinha cumprido algumas das obrigações contratuais.

Mais tarde, em 2012, o detetive irlandês foi extraditado para os EUA para ser julgado num outro caso de fraude — não relacionado com o desaparecimento de Maddie. Halligen terá desviado 1,3 milhões de dólares num outro caso, declarou-se culpado e foi condenado a 41 meses de prisão.

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