O Deutsche Bank Portugal anunciou resultados antes de impostos de 7,3 milhões de euros no ano passado. Este valor traduz uma queda de 78% face a 2016, ano em que o banco beneficiou de um resultado extraordinário ao nível de imparidades que não se verificou no ano passado. O banco alemão opera em Portugal através de uma sucursal e não divulga lucros.

Em comunicado, o Deutsche Bank destaca um crescimento de 23% na margem financeira para 19,7 milhões de euros e um acréscimo de 4% no produto bancário que se fixou em 57,6 milhões de euros. Os custos operacionais caíram para 54,5 milhões de euros.

Os resultados da área de retalho foram positivos em 15,1 milhões de euros, menos que os 31,4 milhões de euros apurados no ano anterior e que beneficiaram, como já referido, da libertação de provisões feitas para esta atividade.

Citado no comunicado, o responsável pela operação portuguesa do Deutshe Bank, Bernardo Meyrelles de Souto assinala que o ano de 2017 “foi muito positivo para a operação do Deutsche Bank em Portugal, permitindo consolidar a reestruturação iniciada ainda no final de 2016 no sentido de alinhar a operação ainda mais no segmento Affluent e com foco na atividade de aconselhamento financeiro”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O banco acrescenta que a atividade em Portugal tem uma estratégia de “arquitetura aberta” que passa por promover a comercialização de produtos financeiros e fundos de investimento de entidades terceiras, para além da casa-mãe, o que permite diversificar os portfólios dos seus clientes e uma maior independência face à marca DB.

Para este ano, a estratégia vai continuar a apostar nos centros de investimento que procuram atrair clientes mais sofisticados, refere o comunicado onde é também sublinhada a quota de 30% que a instituição tem no mercado de distribuição de fundos de investimento internacionais, segundo dados da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.

Ainda que não exista informação oficial, têm surgido notícias recorrentes sobre os planos para vender a operação portuguesa do banco alemão. Entre os potenciais interessados já noticiados, há bancos espanhóis e o Banco CTT.