Com a apresentação da versão de produção agendada para o final de 2019 e a entrega das primeiras unidades prevista para o ano seguinte, 2020, a Porsche decidiu começar já a educar os seus clientes para o primeiro desportivo 100% eléctrico da marca de Estugarda – o Mission E. Motivo pelo qual optou por recorrer à Realidade Virtual, não só para mostrar ao futuros proprietários do modelo a tecnologia que está na base do automóvel, mas também para treinar os seus empregados para aquilo com que terão de lidar.

Numa altura em que o Mission E já faz parte de muitas das exposições, salões e feiras em que a marca de Estugarda participa, a Porsche decidiu criar uma nova aplicação, que pode ser usada com recurso a um mero smartphone, a qual desvenda o desportivo eléctrico, através da Realidade Virtual.

Esta tecnologia permite mostrar ao utilizador não somente detalhes do exterior e interior do coupé desportivo eléctrico de quatro portas, como até mesmo a aerodinâmica do veículo, através de uma animação explicativa. Ou, com recurso a cortes de ecrã, o intrincado sistema de funcionamento das baterias e do próprio sistema propulsor.

Empregados também têm de ser formados

A par destas sessões de esclarecimento aos clientes, a Porsche está a utilizar a mesma tecnologia para dar formação aos seus empregados, sobre o Mission E. Neste caso em particular, recorrendo não a um smartphones, mas sim a óculos de Realidade Virtual. Com este equipamento, o empregado pode participar numa espécie de workshop, interagindo virtualmente com o carro, ao mesmo tempo que o próprio sistema o vai ensinando sobre a melhor forma de actuar no veículo.

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Recorrendo a esta nova tecnologia de formação, os funcionários da Porsche podem, por exemplo, não só conhecer todas as especificidades do sistema de alta voltagem que está na base do carro, como até mesmo treinar a reparação das baterias, sem o perigo de acabarem electrocutados.

“A Realidade Virtual oferece possibilidades infindáveis em termos de formação, relativamente aos sistemas e funções que actualmente fazem parte dos veículos”, defende a marca de desportivos de Estugarda, num comunicado onde realça que, “ao utilizar uns simples óculos de Realidade Virtual, o funcionário pode, por exemplo, visualizar todo o sistema eléctrico, que não seria possível ver na totalidade num veículo real”.

Outra vantagem, acrescenta o fabricante, “é o facto de os empregados poderem aprender a realizar operações de manutenção delicadas ou com algum grau de perigo, de forma virtual, sem qualquer risco”. Ainda assim, a Porsche reconhece que o treino com recurso a realidade virtual não é suficiente para substituir a aprendizagem em veículos reais. Mas, “não deixa de ser um excelente ponto de partida”.