Os P20 e P20 Pro são os novos smartphones da Huawei. A marca chinesa apresentou os novos topos de gama esta terça-feira num evento em Paris, aos quais juntou uma nova versão de um smartphone com design Porsche, o Mate RS, que vai custar mais de 2 mil euros. Numa apresentação em que não faltaram comparações diretas aos equipamentos das principais concorrentes, a Apple e a Samsung, a Huawei afirmou (mais uma vez) que quer deixar de estar em segundo lugar no ranking das marcas de smartphones para ser a primeira. Em 2017, vendeu mais de 153 milhões de equipamentos.

Os novos P20 têm um ecrã de canto a canto a lembrar os S9 e S9 Plus, uma saliência como no iPhone X e, na versão Pro, têm não uma, não duas, mas sim três câmaras traseiras para tirar fotografias. Com 5,8 e 6,1 polegadas, respetivamente, estes equipamentos mantêm um botão de menu físico. Para Richard Yu, presidente executivo da empresa, “são como [as máquinas] profissionais”.

A série 20 é a sucessora da série 10 dos Huawei, porque os equipamentos “são um grande salto na tecnologia”, afirmou também Yu. A comparação direta das especificações destes equipamento com o iPhone X (10) e com os Samsung S9 e S9 Plus mostrou também como a Huawei se quer distanciar destes modelos.

Os novos equipamentos prometem uma maior duração de bateria – tanto o P20 como o Pro prometem mais de um dia de utilização –, continuam a apostar em inteligência artificial e estão equipados com o processados Kirin 970, criados pela marca e introduzidos com o Huawei Mate 10 Pro.

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Imagem da apresentação que mostra para que serve cada uma das três lentes traseiras do P20 Pro

Apesar de os equipamentos terem inspiração na saliência do iPhone X e no ecrã infinito da Samsung, a Huawei mantém, no fundo do ecrã, um botão físico de menu, que funciona por controlo tátil e reconhece a impressão digital do utilizador. Mas que também serve para voltar atrás no menu e ver as aplicações. Como funciona tudo num só botão? Através de toques e gestos. Um toque serve para retroceder, um toque prolongado abre o menu inicial e, deslizando para a esquerda ou para a direita, é possível alternar entre aplicações.

Uma das grande novidades apresentadas foi a do sistema operativo. Os dois equipamentos vêm com a versão da Huawei do Android 8.1, que utiliza o ARCore, uma ferramenta para programadores que permite criar aplicações de realidade aumentada. Para mostrar a funcionalidade um dos executivos fez aparecer em palco um Porsche digital em tamanho real, que só podia ser visto através das câmaras dos novos P20.

Os P20 e P20 Pro estão disponíveis em preto grafite, azul meia-noite, rosa dourado e a nova cor “aurora” (uma espécie de revestimento cromado). O P20 está disponível a partir desta terça-feira e custa 649 euros e tem 4 gigabytes de RAM. O P20 Pro só chega às lojas a 6 de Abril, com um preço de 899 euros e 128 gigabyte de memória interna e 6 gigabyte de RAM.

No evento, foi ainda apresentada uma versão Huawei Porsche design, o mate RS. Com 256 gigabyte ou 512 gigabyte de memória interna e sensor de impressão digitais no próprio ecrã, é a nova aposta da marca no segmento de luxo. As duas versões deste equipamento vão custar 1.500 euros e 2.095 euros (preço recorde) para a versão com mais memória interna.

No final do evento, a Huawei apresentou ainda os Huawei freeBuds, uns auriculares sem fios da marca, ao estilo dos airpods da Apple.

*O Observador está em Paris, no evento de apresentação dos P20, a convite da Huawei.