A Mercedes antecipa a concorrência que aí vem e já estará a preparar uma berlina de luxo, 100% eléctrica, para competir com rivais como o Jaguar XJ e o Audi A8, quando estes também se apresentarem ao público como modelos zero emissões. Será, no fundo um Classe S, mas sem nada de Classe S – a não ser o luxo e a tecnologia a que a Mercedes habituou os seus clientes nas suas propostas topo de gama.

A revelação foi feita à britânica Autocar por um executivo da Mercedes, Michael Kelz, que fez ainda questão de adiantar que já viu o protótipo e que a versão de produção deverá ser lançada já em 2020.

Recorde-se que a ofensiva eléctrica da Mercedes; à semelhança da maioria dos restantes construtores ditos tradicionais, tem sido feita mais pela via do anúncio do que da concretização. Por enquanto, já que o primeiro SUV 100% eléctrico da marca da estrela estará cada vez mais próximo da realidade, esperando-se que o EQC venha a ser introduzido no mercado já no próximo ano.

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Mas esse SUV deverá apenas ser o primeiro de uma dezena de novos modelos, distribuídos por diferentes segmentos, que a casa de Estugarda prepara para compor a gama da sua nova família de eléctricos, a EQ. Serão mais de 10, todos eles assentes na plataforma eléctrica modular (MEA), para que em 2022 o portefólio da Mercedes reúna cerca de 50 modelos electrificados.

Mercedes com 50 propostas electrificadas até 2022

Como a marca já registou uma série de siglas em torno da denominação EQ, incluindo EQS, é bem provável que venha a ser esta a designação comercial adoptada pelo Classe S eléctrico. Mas, conforme Kelz fez questão de sublinhar, uma coisa será o posicionamento deste modelo, outra bem diferente será o seu design. Isto porque a arquitectura MEA permite uma maior distância entre eixos, o que traz aportes significativos em termos de habitabilidade. Por outro lado, frente e traseira serão mais curtas, já que o pack de baterias se encontra sob o piso do veículo.

A esse propósito, note-se que a Mercedes anunciou que, para impulsionar a sua ofensiva eléctrica, vai investir 10 mil milhões de euros na expansão do seu portefólio eléctrico, e mais 1.000 milhões de euros numa nova rede de fábricas de produção de baterias, em todo o mundo.