A Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPCW na sigla inglesa) confirmou esta quinta-feira que o químico usado para envenenar o ex-espião russo Sergei Skripal e a sua filha, Yulia, foi o agente nervoso novichok, um produto desenvolvido pelas forças de segurança da Rússia.
Nem o laboratório britânico nem a OPAQ determinaram a origem da substância que, segundo disse neste dia o vice-ministro da Indústria e do Comércio russo, Grigory Kalamanov, é impossível de determinar.
O relatório da organização internacional confirma a investigação que tinha sido feita pelo governo britânico ao produto usado para envenenar o antigo espião.
Num breve comunicado citado pelo jornal britânico The Guardian, a OPCW explica: “Os resultados da análise feita às amostras ambientais e biomédicas pelos laboratórios designados pela OPCW confirma as conclusões do Reino Unido sobre a identidade do químico tóxico que foi usado em Salisbury e feriu gravemente três pessoas”.
No princípio de abril, o laboratório militar britânico de Porton Down identificou a substância como novichok, um gás neurotóxico de uso militar desenvolvido na União Soviética nos anos 1970.
Para o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, a origem só pode ser russa: “Não pode haver dúvidas sobre o que foi usado e não há nenhuma explicação alternativa sobre quem foi responsável. Apenas a Rússia tem os meios, o motivo e o histórico”, disse Johnson num comunicado divulgado após o anúncio da OPAQ. Moscovo nega qualquer envolvimento no envenenamento do ex-espião.
(Em atualização)