O Campeonato Nacional de futebol feminino teve este ano um Estoril mais forte, além de conjuntos sempre complicados de superar sobretudo na condição de visitados como o Vilaverdense, o Albergaria ou o Futebol Benfica. No entanto, olhando para a tabela classificativa, teve um ponto em comum: a luta pelo título resumiu-se às mesmas duas equipas, Sporting e Sp. Braga. E, mais uma vez, a formação verde e branca foi mais forte, conquistado o segundo título consecutivo este domingo.

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Chegados à 21.ª e penúltima jornada da prova, as leoas comandadas por Nuno Cristóvão tinham apenas dois empates (Sp. Braga e Estoril), ao passo que as bracarenses somavam duas igualdades (Vilaverdense e Sporting) e uma derrota, à terceira jornada, na receção ao…. Sporting. Foi esse resultado que acabou por fazer toda a diferença, foi por causa desse resultado que houve festa esta tarde em Alvalade, depois do triunfo na receção ao Valadares por 4-1.

Lúcia Alves, um pouco contra a corrente do jogo, ainda adiantou as visitantes no marcador, mas o conjunto verde e branco conseguiu dar a volta e sair para o intervalo com uma vantagem confortável em apenas cinco minutos: aos 35′, na sequência de um grande trabalho na área, Diana Silva fez o empate; aos 38′, após um cruzamento bombeado para a área onde a defesa do Valadares não atacou a bola e Carole Costa cabeceou para 2-1; no minuto seguinte, depois de mais uma grande investida de Ana Borges pela direita, Ana Capeta apareceu ao primeiro poste e encostou de primeira para o 3-1. No segundo tempo, e materializando o domínio completo do jogo, Carole Costa bisou após nova assistência de Ana Borges (71′).

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Com este resultado, o Sporting continua a dominar por completo o panorama do futebol feminino desde que regressou à modalidade, em 2016, após 21 anos de ausência: depois de terem ganho o Campeonato (praticamente decidido após o jogo em Alvalade com o Sp. Braga, ganho por 1-0 com um penálti aos 90′ de Solange Carvalhas), as leoas fizeram a dobradinha no Jamor conquistando a Taça de Portugal no prolongamento frente às minhotas por 2-1 e ganharam também no início da presente época a Supertaça, de novo com as arsenalistas, de novo no prolongamento (3-1) e de novo com Ana Capeta a ser o trunfo lançado do banco para decidir. Agora, ao quarto troféu, o quarto triunfo. E ainda falta jogar a segunda mão da meia-final da Taça de Portugal frente ao Estoril (1-0 no primeiro jogo), que pode dar mais uma final com o Sp. Braga.

O futebol do Sporting. Eles não ganharam nada, elas podem limpar tudo

A equipa de Nuno Cristóvão esteve ainda presente no grupo 8 da fase de qualificação para a Liga dos Campeões, somando duas vitórias (2-0 com o MTK Budapeste, 4-1 com o Hajvalia) e uma derrota (2-1 com o BIIK Kazigurt).

“Os verdadeiros culpados de todo este sucesso são os nossos sócios, os nossos adeptos. Têm acreditado neste projeto, que é um Sporting cada vez mais eclético e vencedor, cada vez com mais conquistas. É o segundo ano de modalidade, o segundo ano que somos campeões, e vê-se a alegria das atletas em representar este clube. Este tem de ser o nosso projeto, não interessa se é o primeiro ano, o segundo ou o terceiro, se as outras equipas já estão muito mais adiantadas do que nós. Temos de chegar e responder desta forma, ser campeões e dar estas alegrias aos sportinguistas. Eles é que são os principais obreiros”, comentou no final Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, que esteve presente no jogo e na entrega da taça.