A Guiné-Bissau vai retomar as negociações do acordo de pesca com a União Europeia, anunciou o primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes. “Vamos dar instruções para que nós retomemos as negociações com a União Europeia no domínio das pescas”, afirmou Aristides Gomes.

O chefe do Governo guineense falava na quarta-feira à noite na festa do Dia da Europa, que decorreu nas instalações da União Europeia em Bissau. O governante explicou que, apesar de o acordo de pesca ser um dossiê comercial, a União Europeia, sendo o principal doador do mundo, “tem levado essas negociações na base de um espírito de cooperação, de solidariedade e não na base puramente comercial”.

A parceria no setor da pesca entre a União Europeia e a Guiné-Bissau terminou em novembro de 2017, sem que as partes tivessem chegado a acordo para a sua renovação. O acordo permite que navios de Espanha, Portugal, Itália, Grécia e França pesquem nas águas guineenses e inclui a pesca de atum, cefalópodes (polvos, lulas, chocos), camarão e espécies demersais (linguados e garoupas).

No discurso, Aristides Gomes disse também contar com o apoio da organização europeia para as eleições legislativas, que se devem realizar a 18 de novembro. “Nesta fase, em que estamos a preparar as eleições na Guiné-Bissau, vamos contar com a União Europeia, como sempre contamos em todos os aspetos”, disse o primeiro-ministro. “Já conhecemos o montante avançado pela Comissão Europeia” para o financiamento das eleições, disse, sem dar mais pormenores.

O primeiro-ministro guineense sublinhou também que a Guiné-Bissau espera continuar a contar com a União Europeia no “acompanhamento e solidariedade” para “resolver os problemas internos de desenvolvimento e democracia”.

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