Moscatel de aperitivo, sopa de legumes, bacalhau à Brás, lombo de porco no forno e buffet de sobremesas/queijos — esta ementa é lhe familiar? Provavelmente será, afinal, já se tornou no padrão base da grande maioria dos casamentos (não esquecer as bifanas e o caldo verde, mais para o fim do evento). Contudo, a boda que se celebra este sábado, 19 de maio, é diferente: os noivos são o príncipe Harry e Meghan Markle e, por isso, neste casamento real a ementa será diferente.

Olhando para trás, para o último grande enlace na família real — o do princípe William e Kate Middleton –, percebe-se bem que a casa real inglesa não é muito expansiva no que toca a revelar pormenores sobre este tipo de assuntos, veja-se que a dita boda aconteceu em 2011 e só em 2015 é que se soube ao certo o que foi servido no casamento dos Duques de Cambridge, depois de um menu ter sido vendido (por 1.250 dólares) em leilão. No caso atual, o cenário é um pouco diferente: o chef Real Mark Flanagan abriu as portas da cozinha do castelo de Windsor à comunicação social e divulgou alguns detalhes sobre o que será servido no grande dia.

Desde o início do planeamento desta cerimónia que o casal fez questão de deixar o formalismo fora da lista de convidados e isso, claro, nota-se até nos pormenores mais gastronómicos, veja-se, por exemplo, que Harry e Meghan não quiseram uma refeição “à mesa” (o príncipe Charles e Camilla Parker Bowles vão tratar dessa parte no jantar de comemoração que decorrerá no dia da boda, na Frogmore House, a poucos quilómetros do Castelo de Windsor), preferindo em vez disso uma espécie de almoço volante com pequenos pratos. Esta pequena refeição acontecerá depois do passeio de coche, por volta das 13h30, em St. George’s Hall e será o último momento público do dia. Passando ao que interessa: o que é que se vai comer aqui?

A Casa Real anunciou que serão servidas pequenas “tigelas de comida” e outros canapés — “para serem comidos em duas dentadas” — que serão confecionados com “os melhores produtos disponíveis nas várias propriedades da Coroa Britânica”. Por isto, entenda-se que é de esperar a presença de vários vegetais oriundos, por exemplo, das zonas de Kent e de Norfollk.

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Em declaração oficial, o chef Mark Flanagan destacou a “grande sorte” do casamento calhar nesta altura do ano, época de abundância para a frescura dos produtos. “Sabemos que o casal queria que usássemos ingredientes o mais sazonais e locais possível. O bom tempo dos últimos dias tem ajudado imenso a alcançar isso”, explica o cozinheiro que lidera uma equipa de 30 elementos.

Apesar de Flanagan se ter recusado a divulgar ao certo quais serão os pratos servidos, fala-se de que os vegetais terão especial destaque, especialmente espargos, tomates e ervilhas tortas.

Harry e Meghan têm vindo a provar uma série de pratos desde março para garantirem que tudo está do seu agrado, dos “pratos principais” às… sobremesas. Neste capítulo dos doces a responsabilidade recai sobre o pasteleiro real, o chef Selwyn Stoby, que parte do mesmo princípio para confecionar guloseimas que, segundo o The Independent, devem variar entre “delicadas trufas de chocolate [um dos doces mais tradicionais do Castelo de Windsor], mini crèmes brûlées, macarons amarelos e biscoitos cobertos com panna cotta de manga. Em declarações oficiais, o mesmo Stoby reforça que “não é todos os dias que temos oportunidade de fazer um casamento Real, por isso esta experiência vai ser muito especial”.