O francês Michel Platini, ex-presidente da UEFA, considerou este sábado que não pode continuar suspenso do futebol, depois de alegadamente ter sido absolvido pela justiça suíça no caso de um pagamento não orçamentado pela FIFA.
“Espero que a FIFA tenha a coragem e a decência de levantar a minha suspensão, porque a justiça decidiu que eu não recebi qualquer pagamento ilegal”, disse Platini à AFP.
Numa carta publicada pelo jornal Le Monde, enviada por um tribunal suíço ao advogado de Platini, lê-se que o processo judicial aberto em setembro de 2015 contra o ex-futebolista e contra Joseph Blatter, antigo presidente da FIFA, devido a um pagamento de 1,8 milhões de euros, foi fechado.
Contudo, à AFP, uma fonte do Ministério Público suíço adiantou que o processo contra Platini e Blatter “ainda não está definitivamente terminado”. Na sequência deste caso, Platini e Blatter foram suspensos pela FIFA por oito anos, penas que foram reduzidas primeira para seis anos, pelo comité de recurso do organismo que tutela o futebol mundial, e depois para quatro, pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAS).
“Foi muito difícil. A FIFA apenas comunicou para me massacrar mediaticamente. Mas quando a minha pena foi reduzida (…), quando nenhum caso de corrupção foi comprovado contra mim, as pessoas perceberam: tudo foi feito para me afastar da presidência da FIFA”, disse Platini.
A FIFA já reagiu a este pedido de Platini, lembrando que o francês está suspenso “por violação do código de ética”, lembrando que o TAS “confirmou as acusações, mas reduziu a duração da suspensão”.
“Sempre foi claro para a FIFA como para o TAS que Platini nunca seria visado por um inquérito criminal na Suíça. Os elementos de um ato criminal na lei suíça são diferentes daqueles previstos pelo código de ética da FIFA”, concluiu o organismo em comunicado.
Para Blatter, esta decisão da justiça suíça é “um sinal positivo”, que o deixa “mais confiante” para a definição da sua situação.