Richard Hammond, ex-apresentador do programa de televisão Top Gear, da BBC, em companhia de Jeremy Clarkson e James May, trio que hoje está ao serviço do The Grand Tour, da Amazon, ia indo desta para melhor. Em abono da verdade, é bom recordar que o divertido apresentador já teve uma série de sustos, a começar por aquela vez em que se espetou no Vampire Dragster, um veículo a jacto que era capaz de atingir 595 km/h, mas não naquele dia e com Hammond aos comandos.

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O Hamster, como é apelidado pelos seus dois amigos e compagnons de route, saiu de estrada na Suíça, enquanto filmava num troço onde se tinha disputado uma prova de rampa. Estava ao volante de um Rimac Concept One, um hiperdesportivo eléctrico com qualquer coisa como 1.224 cv e, depois de terminar o percurso da rampa helvética, Hammond continuou animado por ali acima. Até que ‘tropeçou’ na primeira esquerda que lhe apareceu pela frente, saindo da estrada, capotando inúmeras vezes, partindo o carro e a si próprio. Segundo Mate Rimac, o fundador e CEO do construtor croata, “o carro voou 300 metros horizontalmente e depois caiu de uma altura de 100 metros”.

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Grand… azar! Menos um (dos raros) Rimac Concept One

Ora se o Hamster sobreviveu à experiência e saiu pelo seu próprio pé do acidente, a Rimac saiu ainda melhor. Segundo a marca, choveram consultas nas horas que se seguiram ao despiste – e que foi divulgado de imediato em tudo o que era televisão, sites e jornais –, com alguns clientes a materializarem encomendas nesse mesmo dia e nada menos do que três. Pode não ser muito para quem vende Clio ou Polo, mas é decididamente um dia em cheio se a marca, em vez de Volkswagen ou Renault, se chama Rimac e vende o seu carro mais barato por um milhão de euros.

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Segundo o responsável pela vendas na Rimac, Kreso Coric, “o despiste de Hammond, que quase o matou, foi a melhor operação de marketing que poderíamos imaginar”. Certamente, por provar que o Concept One não só é rápido, com os seus quatro motores eléctricos e uma potência brutal, mas também por ter demonstrado que o hiperdesportivo era seguro a ponto de salvar um condutor com nítido azar, ou falta de sorte ou de jeito.

Depois de tantas capotadelas, o facto de Hammond ter saído dos destroços pelo seu próprio pé colocou a Rimac no reino dos construtores que se preocupam sela segurança dos seus clientes. Talvez por isso, não seja de estranhar que pouco tempo depois a Rimac tenha lançado o C_Two, ainda mais potente por 1,8 milhões (antes de impostos), e que cerca de 100 dos 150 que vão ser produzidos já estejam vendidos e a caminho dos EUA.

Atenção Tesla, vem aí o Rimac C_Two com 1.888 cv