O Conselho Diretivo do Sporting reiterou esta sexta-feira que a Assembleia Geral destitutiva marcada para dia 23 de junho não vai avançar. O comunicado foi feito depois de conhecido o indeferimento da providência cautelar apresentada pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) demissionário, Jaime Marta Soares.

“O texto da decisão não podia ser mais claro: ‘Indefere-se liminarmente o presente procedimento cautelar'”, lê-se no comunicado do Conselho Diretivo do clube, reafirmando as declarações do presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, de que esta reunião magna não se vai realizar.

Em causa estava um procedimento cautelar interposto pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) demissionário, Jaime Marta Soares, para que o Conselho Diretivo facultasse “todos os meios necessários à realização da AG”. “Todas as considerações que possa fazer o ex-presidente da MAG não têm qualquer relevância porquanto serão, posteriormente, discutidas em outra sede”, conclui o órgão liderado por Bruno de Carvalho.

No entanto, a resposta à providência cautelar conhecida esta sexta-feira legitima a MAG, presidida por Marta Soares, só não obriga a que a direção do Sporting garanta a segurança do presidente durante o evento por considerar que não existe uma ameça objetiva à sua integridade física. E que receios não chegam para obrigar o Sporting a fazê-lo.

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Tribunal recusa obrigar Sporting a garantir segurança de Marta Soares na Assembleia Geral

Desde 15 de maio que o Sporting vive uma situação conturbada, desencadeada pela invasão da Academia do clube, em Alcochete, onde alguns futebolistas e elementos da equipa técnica foram agredidos, a que se seguiu a derrota na final da Taça de Portugal. Paralelamente, o ‘team manager’ do Sporting, André Geraldes, foi constituído arguido no âmbito de uma investigação sobre alegados atos de tentativa de viciação de resultados.

Depois estes acontecimentos, a maioria dos membros MAG e do Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) e parte da direção apresentaram a sua demissão, defendendo que o presidente Bruno de Carvalho não tinha condições para permanecer no cargo.

Após duas reuniões dos órgãos sociais, o presidente demissionário da MAG, Jaime Marta Soares, marcou uma AG para votar a destituição do CD, para 23 de junho — sobre a qual foi interposta uma providência cautelar para a sua realização pela MAG – e nomeou uma comissão de fiscalização para evitar o vazio provocado pela demissão da maioria dos elementos do CFD.

O CD do Sporting, que não reconhece legalidade a estas decisões, criou uma Comissão Transitória da MAG, que, por sua vez, convocou uma AG para o dia 17 de junho, para aprovação do Orçamento da época 2018/19, análise da situação do clube e esclarecimento aos sócios, e decidiu marcar uma AG Eleitoral para a MAG e para o CFD para o dia 21 de julho.