Feitas as contas, em menos de dez anos chegámos ao 25º Adegga — o wine market que todos os anos, em Lisboa e no Porto, aproxima enófilos e produtores. Tantos eventos de vinho depois, a edição de verão alargou-se e transformou-se numa espécie de festival de verão, onde o vinho e a comida são os protagonistas. O nome de batismo? Adegga Wine & Food Festival 2018.
“O wine market continua a existir. Mas o evento de verão foi transformado num festival”, conta André Ribeirinho, que está no comando das operações e é um dos fundadores do projeto (em conjunto com André Cid e Daniel Matos).
Ao contrário do que acontecia até então, o Adegga passou a dois dias — está marcado para 30 de junho (das 14h às 21h) e 1 de julho (12h às 21h) — e mudou drasticamente de localização. A confraternização entre quem faz e bebe vinho já não decorre num hotel, por mais arejado que seja, e viajou até aos terraços do Pavilhão Carlos Lopes, junto ao Parque Eduardo VII. Vão até existir mesas orientadas ao pôr do sol, para um copo especial no final da tarde.
Este é o 25º Adegga que organizamos. A equipa tem muita experiência. Para o festival arranjámos mais parceiros que nos pudessem ajudar a crescer. Existe um plano a três anos: queremos transformar o Adegga no Rock in Rio dos vinhos e da gastronomia de Lisboa. Este é o ano de transição”, revela André Ribeirinho.
Para os mentores do Adegga não há vinho sem comida, pelo que a gastronomia está em grande destaque nesta edição — também como tentativa de chegar a um público mais alargado (são esperadas entre 2.000 a 3.000 pessoas). Além das características a que o wine market já nos habituou, smart wine glass durante a prova incluído, destaca-se a presença de 10 chefs, convidados por diferentes produtores para que possam harmonizar com os respetivos vinhos.
Entre as bancas dos 60 produtores que marcam presença na iniciativa, e dão a provar cerca de 500 vinhos, estão espaços próprios: o Palco Adegga, que dá visibilidade “aos melhores produtos, produtores e chefs a nível nacional”, e o Adegga Rising Stars, em que oito produtores cujo projeto foi acompanhado durante o ano surgem em grande destaque.
“Todos os chefs que vão estar no evento vão desenhar dois petiscos, de maneira a apresentar e a acompanhar os vinhos dos produtores que os escolheram”, acrescenta Ribeirinho, que atira nomes para cima da mesa — Diogo Rocha, da Mesa de Lemos, e Vítor Claro incluídos. Todos os petiscos à venda no festival custam cinco euros (não existem exceções).
Mais há mais: um bar composto por oito produtores da Beira Interior chamado, muito a propósito, Beira Bar e um lounge para ficar a conhecer a Ségur Estates e os vinhos dos seus projetos (Encostas de Estremoz e Roquevale, no Alentejo, e Quinta do Sagrado, no Douro).
O bilhete normal continua a custar 15 euros, embora exista um “passe festival” de 40 euros que inclui entrada num dos dias, prova de 500 vinhos e seis petiscos no valor de 30 euros.