Saíram da prisão três dos cinco membros do grupo auto-intitulado La Manada. Os três homens deixaram a prisão de Pamplona, onde estavam, às 18h03 locais (17h03 em Lisboa), depois de terem pagado uma fiança no valor de seis mil euros.
Os homens que estavam condenados a nove anos de prisão e 50 mil euros de indeminização por abuso sexual de uma jovem de 18 anos nas festas de São Firmino, em 2016, foram libertados, esta quinta-feira, a duas semanas de atingirem limite legal de prisão preventiva, depois de os advogados de defesa terem recorrido da decisão. Pedem que os arguidos fiquem em liberdade até que seja conhecida a decisão final. No total, cumpriram dois anos de prisão preventiva.
Membros de La Manada saem da prisão em liberdade condicional
Mostrando-se contra esta libertação, o advogado da vítima, Miguel Angel Moran, acredita que existe uma grande probabilidade de fuga. A sua libertação, ainda que sob fiança, desencadeou várias manifestações da sociedade civil espanhola.
Os protestos mobilizaram várias pessoas. Incluindo três juízas espanholas que escreveram uma carta à vítima. “Gostaríamos que não pensassem que depois do que te fizeram vás ficar com sequelas para o resto da tua vida. Não tem que ser assim”, escreveram. E fizeram um pedido: “Que não te passe pela cabeça qualquer espécie de culpa”. “És jovem e corajosa e nota-se que tens em teu redor gente que te ajuda e que gosta de ti”, escrevem ainda.
Na madrugada de 7 de julho de 2016, durante as Festas de São Firmino — que acontecem todos os anos entre 6 e 14 de julho na cidade espanhola de Pamplona — uma jovem de 18 anos terá sido violada por cinco rapazes. O caso ficou conhecido por “La Manada” por ser o nome do grupo no WhatsApp que os rapazes usavam para comunicar e onde elaboravam os planos para violar jovens.
O caso de violação La Manada. “Está claro que dor não sentiu”