A câmara de Loulé emitiu um parecer favorável aprovado por unanimidade à construção de um empreendimento urbanístico no local onde se situa atualmente o parque de campismo de Quarteira, o que irá destruir a última zona verde junto à lagoa da foz do Almargem. A construção está agora dependente da análise da Declaração de Impacto Ambiental pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional.

O projeto denominado Quinta do Oceano é do Invesfundo VII — Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado (ligado ao Grupo Espírito Santo) — que adquiriu direitos sobre a totalidade da zona verde. De acordo com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, o empreendimento pretende construir “um total de 29 lotes, destinados às funções turística (1 aparthotel), comercial e residencial (499 fogos): habitação coletiva (prédios de 6 pisos, com comércio no r/c); unifamiliar em banda e unifamiliar isolada”.

A área em causa tem 12,3 hectares. Caso o empreendimento avance, restarão os 2,6 hectares adjacentes à lagoa nos quais o Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) proíbe a construção. O parque de campismo e o pinhal da zona nascente de Quarteira junto à praia do Trafal são as últimas manchas verdes do concelho de Loulé.

Citado pelo Público, o dirigente da associação ambientalista Almargem, João Santos, considera que o projeto irá “marcar muito negativamente toda a paisagem local, além de colocar em risco a preservação da natureza”. O representante acusa ainda a câmara de ignorar e rejeitar sucessivamente as propostas dos ambientalistas que visavam a preservação deste espaço verde.

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