A apresentação da candidatura de Bruno de Carvalho a um novo mandato à frente do Sporting, esta quarta-feira, começou debaixo de um forte aplauso e uma sala preenchida. Na declaração inicial, o ex-presidente do clube começou por justificar a nova candidatura com a necessidade do Sporting ter “um líder que o ame e respeite”.

A apresentação da candidatura teve lugar no hotel Vip Grand Lisboa, de importância simbólica para o ex-líder sportinguista porque foi lá que se apresentou como candidato em 2013.

Bruno de Carvalho prometeu “lealdade”, reforçou uma liderança que defenda “com verdade e integridade os superiores interesses do clube” e admitiu um período de “reflexão importante” para que “não se voltem a cometer os mesmos erros”. “Queremos construir um futuro que se quer rigoroso e transparente”, acrescentou.

Os aplausos continuaram, o candidato fez uma longa exposição sobre o que foi feito enquanto esteve na presidência do clube (de 2013 a 2018) e de seguida, enumerou algumas das medidas para a próximo mandato. Um dos objetivos que reforçou várias vezes foi o aumento da captação de sócios. 250 mil é a nova meta. “O nosso Sporting Clube de Portugal quer-se dos sócios e para os sócios. Não existe ADN sem sócios”, disse, anunciando que Alvalade será “um estádio inteligente e de elite” — o primeiro em Portugal — e que o Pavilhão João Rocha, “a partir de 8 de setembro [dia das eleições], com a vontade dos sócios, continuará a ser propriedade do Sporting Clube de Portugal”.

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Aumentar o número de sócios no estrangeiro, eliminar a 13ª quota de todos os sócios menores de idade, enviar gratuitamente o jornal Sporting aos associados e criar uma aplicação para os sócios foram outras das medidas anunciadas.

Na hora de falar sobre o futebol, o ex-presidente dos Leões deixou uma meta específica: “Um dos nossos objetivos é conquistar um troféu europeu no futebol”, algo que só aconteceu na época de 1963/1964 com a conquista da Taça das Taças.

Já sobre a situação financeira do clube, que nos últimos tempos tem sido tema de conversa, Bruno de Carvalho assegurou que quer “percorrer um caminho de sustentabilidade financeira”, acrescentando que pretende a manutenção da maioria da SAD do Sporting já em 2019.

Nas escolhas para os órgãos sociais, Bruno de Carvalho conta com o ex-vice-presidente Subtil de Sousa no Conselho Fiscal e Disciplinar, juntamente com Fernando de Carvalho — o único que não se demitiu no órgão anterior -, e Bernardo Trindade Barros, vice-presidente da Comissão. Já no Conselho Diretivo, presidido por si, Bruno de Carvalho terá quatro vice-presidentes: Alexandre Godinho, Pedro Lopes Ferreira, Erik Ali Kurgy e Luís Paulo Rodrigues, o vogal Fernando Borja Santos e os suplentes Rui Henriques e Francisco Sá Carneiro.

A forma como o ex-dirigente vai prosseguir com a candidatura, estando suspenso de sócio, foi a questão que dominou a conferência. Mas a resposta não chegou. Bruno de Carvalho remeteu “todas as dúvidas para os advogados” e sublinhou ainda que espera “que haja o máximo de candidatos possíveis” nas eleições do dia 8 de setembro.

Na corrida às eleições para a presidência do Sporting, recorde-se, já estão também Frederico Varandas, Pedro Madeira Rodrigues, Dias Ferreira, Fernando Tavares Pereira e Bruno de Carvalho.

Hoje passam a ser cinco, amanhã serão seis, em breve chegam a sete ou oito: quem quer ser presidente do Sporting?