A empresa que gere as licenças de carros com motoristas (os chamados VTC, Veículos Turísticos com Chauffer) decidiu suspender a atividade em Barcelona depois de um protesto em que os motoristas de táxi se manifestaram violentamente contra as plataformas Uber e Cabify.

Os taxistas protestavam contra a suspensão preventiva do regulamento da Área Metropolitana de Barcelona, que limitava o número de licenças dos VTC, segundo o El País. Em vez das atuais 800 licenças, esse número teria de ser reduzido para metade.

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Alguns dos manifestantes que protestavam exaltaram-se e atacaram veículos ao pontapé, atiraram objetos e vandalizaram com spray pelo menos dois carros. Um deles transportava uma família.

Como resultado dos ataques organizados por grupos radicais, decidimos suspender temporariamente o serviço até que a situação esteja sob controle”, lê-se no comunicado da Unauto, uma das empresas patronais do sector.

Ainda no comunicado, o empregador salienta que o mais importante para a empresa é “a segurança dos motoristas e passageiros”, condenando a “impunidade com a qual esses grupos radicais operam”. A empresa deixa ainda um pedido ao governo para que os “criminosos sejam presos e julgados”.

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A Unauto defende um estatuto legal que proteja a sua atividade. Os taxistas esperavam regressar à lei antiga, anterior à liberalização do mercado. Antes da liberalização do sector, os VTC apenas podiam receber uma licença por cada trinta licenças de táxi.

O governo de Mariano Rajoy tinha restaurado essa proporção, anterior à liberalização, decisão que foi bloqueada em tribunal.

Embora exista uma estrutura legal que regula a atividade dos VTCs, parece que para o setor mais radical dos taxistas, nenhuma lei que permita a existência de VTCs é suficiente”, disse Unauto no comunicado.