A bolsa nova-iorquina encerrou esta quinta-feira sem tendência definida, com a capitalização bolsista da Apple a superar o bilião (milhão de milhões) de dólares a ser incapaz de eliminar o aumento de tensões entre Washington e Pequim.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average cedeu 0,03%, para os 25.326,16 pontos.

Mas a proeza da Apple esteve na base da forte apreciação do tecnológico Nasdaq, que avançou 1,24%, para os 7.802,69 pontos, com o alargado S&P 500 a ganhar 0,49%, para os 2.827,22.

A sessão foi marcada pelo desempenho da Apple, cuja capitalização bolsista superou o limiar do bilião de dólares durante as transações. No final da sessão, a ação da tecnológica fechou a cotar 207,39 dólares, o que correspondeu a uma valorização de 2,02%, representando uma capitalização bolsista de 1,001,7 biliões de dólares.

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Apesar de esta valorização pode parecer extrema para uma entidade privada, “é o reconhecimento de uma empresa que transformou a vida de todos e cada um” com os seus iPhone e os seus computadores Mac, observou Gregori Volokhine, da Meeschaert Financial Services.

Em especial, “mesmo que se diga muito que o Nasdaq já subiu demais, que as valorizações estão exageradas, que as empresas como a Facebook foram recentemente muito criticadas”, o desempenho da Apple conforta a ideia de que o setor da tecnologia “continua a ser aquele onde há ao mesmo tempo crescimento, inovação e uma produção de riqueza absolutamente incrível””, acrescentou. “É o setor que conduz o mercado”, resumiu.

Os três índices mais emblemáticos da praça nova-iorquina tinham contudo começado no vermelho, arrastados pela ameaça de agravamento da disputa comercial em curso entre EUA e China.

O governo de Donald Trump anunciou hoje que tencionar aplicar mais taxas às importações provenientes da China, o que Pequim já qualificou como “chantagem”.

As multinacionais norte-americanas Boeing e Caterpillar, que integram o Dow Jones podem sofrer fortemente com qualquer entrave ao comércio entre as duas economias, perderam respetivamente 0,86% e 0,38%.